O olhar da mãe conduz a aprendizagem.
Não aprendemos de qualquer um, aprendemos de quem confiamos.
O homem é o único animal que não herda padrões instintivos que possa garantir a sobrevivência. A sua herança genética maior é a capacidade de aprendizagem .
Somos da única espécie animal que se molda ao grupo com o qual convive, seja ele primitivo ou desenvolvido tecnológicamente.
Um LOBO sempre será um LOBO, mesmo que nunca conviva com outros da mesma espécie, e mesmo que seja criado por homens. Um homem poderá ser um “lobo”, se criado entre eles, o caso do “menino lobo” é verdadeiro.
É a aprendizagem da cultura que nos garante a preservação da espécie mas é a nossa capacidade de modificá-la, a partir da nossa individualidade , que é a mola das transformações sociais.
Segundo Alicia Fernandez, é a nossa individualidade, um organismo ( potencial genético) que em interação com o meio constrói imagens, sensações, a inteligência e as emoções, tornando-nos únicos, assim como a nossa interpretação do mundo . Quando percebemos a mesma realidade subjetiva de alguém sentimos que tivemos um verdadeiro encontro.
Mas o primeiro encontro se dá com o olhar da mãe. Descreve Sara Paim “Tudo começa na triangulação do primeiro olhar. No primeiro momento, a mãe busca os olhos da criança e a criança busca seus olhos; aqui há o encontro necessário para que haja aprendizagem, mas logo a mãe olha para outro lado. Seus olhares encontram-se em um objeto comum” E é esse objeto comum que desperta a nossa curiosidade.
Durante muito tempo a mãe, ou as pessoas que exercem a maternagem, serão responsáveis por dirigir este olhar, e a criança começará a gostar das coisas que essas pessoas gostam. O afeto é a mola do intelecto. Nossa inteligência não é só razão.O objeto que escolhemos para “apreender e conhecer” é guiado pelo afeto, por aquilo que valorizamos porque aprendemos a valorizar.
É por isto que se diz que aprendemos muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. E também é por isto que se diz “filho de peixe, peixinho é ....”.
Essa força é muito poderosa e é assim que entendemos famílias inteiras que se dedicam ao mesmo ramo de atividades .É por isso que será muito difícil para pais que não gostam de ler, transformar seus filhos em grandes leitores ou pais que não valorizam atividades físicas, terem filhos atletas.
Mas como o ser humano é capaz de modificar-se, assim também nossos filhos não estão presos a um destino determinista por conta das nossas limitações. Apesar delas e não eximindo a nossa parte de responsabilidade, eles com certeza nos superarão.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
A arte de aprender e ensinar.
A
arte de aprender e ensinar.
Não herdamos padrões
instintivos como os animais. Nascemos apenas com reflexos e o potencial para aprender. Para aprendermos
precisamos de mediadores, não aprendemos
sózinhos. É este aspecto que torna o
ambiente tão importante em nossa formação. É ele que, através da família,
media nosso potencial genético e cultural e nos torna, tanto indivíduos únicos, quanto indivíduos pertencentes a iguais em uma
mesma cultura.
A interação do nosso
potencial genético com o ambiente em que somos criados é uma combinação única sendo impossível
reproduzir as mesmas características temporais e espaciais, até na mesma
família. É isto que explica a diferença entre irmãos. É impossível reproduzir as mesmas condições ambientais assim como é
impossível reproduzir de forma idêntica a carga genética de cada filho.
Para aprendermos “qualquer coisa” começamos pelo
amor que as pessoas importantes para nós, e de quem dependemos para viver, demonstram diante de “qualquer coisa”.
Inicialmente o filho olha
para a mãe e segue seu olhar até o
objeto de interesse da mãe e é desta relação que surgem as motivações para aprender. A
aprendizagem informal vai acontecendo assim, no dia a dia da família e da
cultura ao seu redor.
Já a aprendizagem formal da
escola, embora diferente da informal quanto à forma e conteúdo, não é diferente
em seu processo, o aluno também
necessita do afeto como motivação.
O aluno, inicialmente,
confunde o afeto que sente pelo professor com o afeto, ou motivação, que sente
pelo conteúdo escolar.
Para que ele aprenda será
preciso que o professor transfira,
com habilidade esse olhar de admiração para
o conhecimento escolar.
Aparentemente é simples, mas
há muitos envolvimentos inconscientes nesta relação que precisarão da sensibilidade do professor para que
possa haver a transferência.
Podemos dizer, sem sombra de
dúvida, que só aprendemos de quem
confiamos.
O bom professor está sempre
atento para esta delicada relação se quiser ser bem sucedido.
Parabéns
a todos os professores que criam esses momentos mágicos de ensinar e aprender.
Esses são os momentos que nos transformam e são os que mudam o mundo.
terça-feira, 19 de maio de 2015
10 Regras para Educar com Limites
REGRAS PARA EDUCAR COM LIMITES
Que nossos filhos precisam ser educados com limites é voz comum, mas o que exatamente significa isso?
Antes de mais nada, vamos definir o que se entende por limite. Para este fim e neste texto vamos usar uma definição consensual:
Limite é o ponto onde termina o direito de um e começa o do outro.
Sendo esta definição tão simples e óbvia, por que é tão difícil transformar teoria em prática?
Isto se deve ao fato do nosso comportamento ser o resultado de algumas convicções intimas ou crenças que, mesmo inconscientemente norteiam nossas ações como pessoas e pais.
Para descobrir por que é tão difícil seguir algumas regras básicas que são consenso em psicologia, temos que aprofundar nosso auto-conhecimento, buscando dentro de nós a causa da dificuldade.
Ainda assim, será válido repensar as regras básicas a seguir, como ponto de partida para uma reflexão pessoal:
Regra nº 1 – Que haja muito diálogo desde tenra idade, cheio de causas, conseqüências e porquês.Isso treinará nosso filho a raciocinar de forma lógica para depois entender a reciprocidade que exige o respeito aos outros;
Regra nº 2 – Que só se "cobre" o que a idade permite, lembrando sempre que no início, por mais que você explique o porquê do “não”, e ele não entenda, mesmo assim, deverá OBEDECER (de preferência, por bem);.
Regra nº 3 – Que não se prometa uma sanção (“castigo”) que não se possa cumprir.Ex.: “Se você repetir de ano não haverá viagem de férias”. “Se você não se comportar, nunca mais vai sair comigo”;
Regra nº 4 – Que o “castigo”, se houver, tenha ligação lógica com a infração ou falta cometida:
- não se comportar no jantar com visitas acarretará seu afastamento desta refeição coletiva;
- quebrar ou perder algo de valor de alguém exigirá uma tentativa de reparação ou conserto;
- os mais velhos só poderão esperar a satisfação de seus direitos de lazer após cumprir com seus deveres ( que deverão ser combinados previamente entre as partes).
Regra nº 5 –Que as regras familiares sejam claras e respeitadas, independente de nossos humores;
Regra nº 6 – Que pai e mãe não sejam "iguaizinhos" na forma de educar os filhos.O aconselhável é que sejam diferentes! Mãe é amor incondicional, a mãe ama no presente, o pai ama se a lei for cumprida, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar são necessárias.
Regra nº7- Que, alguns valores universais como honestidade, respeito, lealdade e tolerância com as diferenças sejam comuns na família, neste sentido a máxima ideal é “colocar-se no lugar do outro”;
Regra nº8 – Que, como exemplo, a criança presencie em seu cotidiano a concretização de bons acordos entre os familiares, para aprender como estabelecer as fronteiras pessoais e construir relacionamentos baseados no respeito e consideração recíprocos;
Regra nº 9 – Que os educadores acreditem que o comportamento moral e ético nasce do respeito às regras sociais e que só a democracia nos trará a justiça social. Que se interessem e respeitem os princípios éticos dos direitos humanos na sua convivência diária, para que nossos filhos façam parte de uma geração que promova a paz entre os homens.
Regra nº 10 – Que se aceite profundamente a verdade que: “não criamos os filhos para nós, mas para o mundo”.
Temos certeza das dificuldades decorrentes de seguir estes princípios, mas a experiência de muitos anos de teoria e prática nos garante que a simples busca por segui-los já contribuirá para uma sociedade melhor e, consequentemente, que nossos filhos serão mais felizes.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Adolescência: período difícil para pais, filhos e escola
Adolescência:
período difícil para pais, filhos e escola
Até há pouco tempo, o estudo da adolescência centrava-se somente sobre o adolescente e suas pressões internas psicológicas, cognitivas e hormonais. Mas, segundo Arminda Aberastury, psicanalista argentina que escreveu várias obras sobre o assunto, esse enfoque será sempre incompleto se não se levar em conta a outra face do problema : a ambivalência e a resistência dos pais e da sociedade em aceitar o processo de crescimento .
Até há pouco tempo, o estudo da adolescência centrava-se somente sobre o adolescente e suas pressões internas psicológicas, cognitivas e hormonais. Mas, segundo Arminda Aberastury, psicanalista argentina que escreveu várias obras sobre o assunto, esse enfoque será sempre incompleto se não se levar em conta a outra face do problema : a ambivalência e a resistência dos pais e da sociedade em aceitar o processo de crescimento .
Assim sobre pressões externas e internas, sofre um adolescente que mostra-se subitamente provocador e onipotente, como forma de negar a sua dor . Às vezes flutua entre querer ser adulto de imediato ou não querer crescer nunca. Essas flutuações, para os pais, às vezes são conflitivas, o que os fazem empurrar ou deter, reprimindo com brutalidade, os progressos. Isso se dramatiza na vida diária do adolescente, que, por um lado, deve submeter-se a uma disciplina, escolar ou doméstica, e, por outro, necessita de liberdade para participar ativamente na vida dos adultos.
Muitas vezes sua hostilidade aos pais e ao mundo em geral é gerada na idéia de não ser compreendido e no seu desprezo da realidade. É um lento desenvolvimento onde se alterna a confirmação e a negação de seus princípios e onde se debate entre sua necessidade de independência e sua carência afetiva de dependência. Sofre crises de extrema fragilidade às criticas, exige e necessita vigilância como forma de dependência, interpretando a falta de limites imposta pelos pais como abandono. Ao mesmo tempo seu humor passa sem transição do desprezo do contato com os pais à necessidade de apoio e dependência.
Para os pais, o crescimento do filho traz a difícil realidade do envelhecimento e da morte, devendo abandonar a imagem de si mesmo que o filho criou e na qual se instalou. Já não servirá como líder ou ídolo e deverá aceitar uma relação cheia de ambivalências e de críticas. Os progressos do filho obrigam a avaliar seus progressos e fracassos. Este balanço tem por testemunha, questionadora e implacável, o próprio filho.
Quando as modificações corporais definem o papel procriador do jovem, inicia-se o verdadeiro drama edípico. Essas modificações corporais, são aceitas com muito transtorno e, às vezes, é uma elaboração que se faz ao longo da vida. Todo esse processo leva o adolescente a adquirir uma identidade adulta que se traduz como uma ideologia com a qual enfrenta o mundo circundante.
O início da adolescência, entre 10 ou 12 anos, muitas vezes é marcado por diferenças de comportamento que, para os pais, são muito assustadoras. Na escola, o aluno que até então apresentou um comportamento e um rendimento impecáveis, começa a apresentar uma queda no rendimento e algumas transgressões às regras até então literalmente impensadas. Isto se deve não só ao seu processo de desenvolvimento afetivo, que tentamos descrever até agora, mas ao seu desenvolvimento intelectual que, segundo Piaget, passa a possibilitar ver o mundo com outra estrutura de pensamento muito mais potente.
O pequeno mundo infantil torna-se um mundo de possibilidades infinitas para alguém que, em virtude dessa nova potência de raciocínio, encontra-se em pleno estágio de onipotência. É nessa fase do: “isso nunca vai acontecer comigo”, que ele corre mais riscos com a liberdade excessiva. A busca desesperada de identidade o faz necessitar de um grupo de “iguais”. Seu referencial de si mesmo passa a ser o do grupo. Vestir-se igual ao grupo, falar as gírias em moda no grupo, seguir o grupo.
Um mundo interno conturbado distrai esse jovem do exclusivo papel de aluno exercido até então na escola. Os mestres até então adorados passam a ser questionados nas suas falhas humanas, agora vistas com crueza.
As ocorrências disciplinares, antes quase inexistentes, aparecem com mais freqüência, algumas vezes por simples oposição, outras por impossibilidade diante do reflexo de sua desorganização interna.
Os pais chegam a pensar
Vigiar sim, negar impossível. A técnica educativa necessária nessa fase é o diálogo que respeita o ser humano inteligente e pensante, que às vezes se atrapalha nos questionamentos agressivos, provocações nas quais o adulto não deve misturar suas dificuldades pessoais.
O dialogo dos pais com o jovem não deve iniciar-se nesse período, idealmente deve ser algo que venha acontecendo desde o nascimento. Se não é assim o adolescente terá muita dificuldade em se aproximar do adulto.
Quando o clima de diálogo familiar existe, é menos provável que se submeta a falsos líderes ou guias autoritários, numa substituição aos pais aos quais está querendo separar-
Postado por Maria Helena
Dutra Bitelli Baeza
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Professores e alunos, uma relação de confiança.
Professores e alunos, uma relação de confiança.
Neste mês de Outubro temos duas datas muito importantes para comemorar: dia da criança e dia do professor, dias 12 e 15, respectivamente. Este é o momento oportuno para falar sobre esta delicada relação que une os dois: a aprendizagem.
É a aprendizagem que diferencia o ser humano de outros animais. O homem não herda modalidades de ação ou instintos, o homem herda a capacidade de aprender e constrói-se a partir da “imitação”, moldando-se ao grupo com o qual convive.
É para sobrevivência desse grupo que a função da educação é preservar e manter a igualdade nos indivíduos. Por outro lado, é graças a individualidade que se pode contribuir para mudanças e progressos.
E como se dá a mágica da aprendizagem?
Segundo a Doutora em Filosofia e Psicologia Sara Paim, iniciamos o nosso interesse pelo saber por causa do amor. Quando, em um primeiro momento, a mãe transfere seu olhar da criança para um objeto de interesse, gera na criança um impulso afetivo para esse objeto de conhecimento.
É dessa relação que surgem as motivações. Com certeza isto explica famílias inteiras de médicos, professores ou a herança de outras atividades familiares. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que não aprendemos de qualquer um, mas sim de quem confiamos.
O aluno, inicialmente, confunde o afeto que sente pela matéria com o que sente pelo professor. O papel do professor é formar com o aluno um vínculo de confiança, para,, conseguir transferir esse olhar de afeto e admiração para o conhecimento acadêmico.
O professor deve estar atento para esta relação, se quiser ser bem sucedido em sua tarefa, embora seja impossível que ele controle as muitas repercussões inconscientes de sua presença e de seus ensinamentos.
Parabéns a professores e alunos!
Aprender e ensinar, são duas faces da mesma moeda. Ambas envolvem muito esforço, humildade, perseverança e muita, muita emoção.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Professores e alunos, uma relação de confiança.
Neste mês de Outubro temos duas datas muito importantes para comemorar: dia da criança e dia do professor, dias 12 e 15, respectivamente. Este é o momento oportuno para falar sobre esta delicada relação que une os dois: a aprendizagem.
É a aprendizagem que diferencia o ser humano de outros animais. O homem não herda modalidades de ação ou instintos, o homem herda a capacidade de aprender e constrói-se a partir da “imitação”, moldando-se ao grupo com o qual convive.
É para sobrevivência desse grupo que a função da educação é preservar e manter a igualdade nos indivíduos. Por outro lado, é graças a inteligência que o indivíduo pode imprimir a sua individualidade contribuindo para mudanças e progressos.
E como se dá a mágica da aprendizagem?
Segundo a Doutora em Filosofia e Psicologia Sara Paim, iniciamos o nosso interesse pelo saber por causa do amor. Quando, em um primeiro momento, a mãe transfere seu olhar da criança para um objeto de interesse, gera na criança um impulso afetivo para esse objeto de conhecimento.
É dessa relação que surgem as motivações. Com certeza isto explica famílias inteiras de médicos, professores ou a herança de outras atividades familiares. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que não aprendemos de qualquer um, mas sim de quem confiamos.
O aluno, inicialmente, confunde o afeto que sente pela matéria com o que sente pelo professor. O papel do professor é formar com o aluno um vínculo de confiança para, como fez a mãe, conseguir transferir esse olhar de afeto e admiração para o conhecimento acadêmico.
O professor deve estar atento para esta relação, se quiser ser bem sucedido em sua tarefa, embora seja impossível que ele controle as muitas repercussões inconscientes de sua presença e de seus ensinamentos.
Parabéns a professores e alunos!
Aprender e ensinar, são duas faces da mesma moeda. Ambas envolvem muito esforço, humildade, perseverança e muita, muita emoção.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
O papel do pai é o de mostrar o sonho e a lei.
Há muitos e muitos anos atrás, os pais
conviviam mais com os filhos do que as mães. As tarefas do campo ou artesanais
faziam dos pais o primeiro professor de ofícios. Segundo Robert Biy,
conferencista americano, escritor do livro “João de Ferro” sobre o psiquismo
masculino, durante a estada no ventre da mãe o
filho aprende a afinar-se com a freqüência feminina, mas com o pai essa
freqüência é aprendida com o conviver.
Com
a vinda da era industrial, há 150 anos atrás, a cada geração aumenta o
afrouxamento do laço entre pai e filho. O pai trabalha fora de casa e o filho
não só não aprende seu oficio como tambem deixa de sintonizar seu corpo numa
vibração masculina. Segundo o autor, “ os filhos que não tiveram passado por essa
sintonização sentirão fome de pai durante toda a vida”. Este pai do qual estamos falando não é só
o progenitor, muitos pais substitutos podem trabalhar com os jovens: tios podem estimular
seu crescimento, avós podem lhes contar
histórias, velhos podem ensinar rituais e tradições; todos eles pais
honorários.
Em “ João de Ferro” temos um retrato da
atual situação da sociedade contemporânea sob a acusação de ter “pais de
menos”. Com essa distância e desconhecimento do ofício do pai, como imaginar
que ele é um herói? Como saber que o pai é um lutador do bem? Some-se ao
imaginário (ou até por ele), os filhos, as mães e a própria mídia mostrarem os
pais como objetos de riso como vemos nos
comerciais de TV, promovendo uma ridicularização deste papel : torna ainda mais
difícil a posição de mentor.
E como fazer a função paterna retomar seu
vigor e importância? Voltando ao passado, quando o filho aprendia, “junto ao pai, ao consertar pontas de
flechas ou arados, ou lavar pistões na gasolina, ou cuidar dos partos junto aos
animais” ?
O que o pai moderno pode contar ao filho
sobre o seu trabalho? Serão éticos os
princípios que o fazem acordar todo o dia cedo e ausentar-se de casa?
Trabalha-se por gosto do ofício? Por dinheiro? A empresa é idônea? Respeita o
meio ambiente? È um trabalho digno de orgulho? Esse guerreiro luta pelo quê? Qual é o seu sonho, seu ideal? Continua lutando...desistiu?
Há muito o que ensinar na era do conhecimento, há de se valorizá-lo como os cavaleiros
medievais aos seus tesouros. Há também que se reinventar essa versão de pai
contemporâneo. Se os antigos tinham as espadas agora estes têm a lei e a ética.
Aos pais cabe ainda e talvez principalmente, cortar a relação simbiótica entre
mãe e filho, como apontou Freud, e fazer esse filho crescer como pessoa, fora
da superproteção da mãe, mostrando a lei da vida, preocupando-se com o futuro adulto,
colocando limites que serão fundamentais ao convívio social de um futuro
cidadão.Temos visto muitos pais com fortes intenções de cumprirem seu papel,
alguns muito ríspidos e intolerantes outros excessivamente tolerantes com os
erros dos filhos, mas ambos com boas intenções. È claro que o segredo esta no
meio termo, mas isto é fácil de escrever e difícil de fazer. Nosso conselho é
que continuem com seus cuidados, sem esquecerem que é com vocês que eles
aprenderão o papel masculino: A menina escolherá seu
marido “ideal” e o menino se tornará “O” pai.
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