tag:blogger.com,1999:blog-89428175443712723802024-02-02T04:59:18.261-08:00Processos Educativos na Escola e na FamíliaBlog destinado a pais e educadores. Analisa aspectos do cotidiano escolar utilizando a teoria do desenvolvimento pós-piagetiana e psicopedagógica.Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-78454814982734049202017-05-05T12:28:00.000-07:002017-05-05T12:28:46.201-07:00<span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">O olhar da mãe conduz a aprendizagem.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Não aprendemos de qualquer um, aprendemos de quem confiamos.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">O homem é o único animal que não herda padrões instintivos que possa garantir a sobrevivência. A sua herança genética maior é a capacidade de aprendizagem .</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Somos da única espécie animal que se molda ao grupo com o qual convive, seja ele primitivo ou desenvolvido tecnológicamente.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Um LOBO sempre será um LOBO, mesmo que nunca conviva com outros da mesma espécie, e mesmo que seja criado por homens. Um homem poderá ser um “lobo”, se criado entre eles, o caso do “menino lobo” é verdadeiro.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">É a aprendizagem da cultura que nos garante a preservação da espécie mas é a nossa capacidade de modificá-la, a partir da nossa individualidade , que é a mola das transformações sociais.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Segundo Alicia Fernandez, é a nossa individualidade, um organismo ( potencial genético) que em interação com o meio constrói imagens, sensações, a inteligência e as emoções, tornando-nos únicos, assim como a nossa interpretação do mundo . Quando percebemos a mesma realidade subjetiva de alguém sentimos que tivemos um verdadeiro encontro.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Mas o primeiro encontro se dá com o olhar da mãe. Descreve Sara Paim “Tudo começa na triangulação do primeiro olhar. No primeiro momento, a mãe busca os olhos da criança e a criança busca seus olhos; aqui há o encontro necessário para que haja aprendizagem, mas logo a mãe olha para outro lado. Seus olhares encontram-se em um objeto comum” E é esse objeto comum que desperta a nossa curiosidade.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Durante muito tempo a mãe, ou as pessoas que exercem a maternagem, serão responsáveis por dirigir este olhar, e a criança começará a gostar das coisas que essas pessoas gostam. O afeto é a mola do intelecto. Nossa inteligência não é só razão.O objeto que escolhemos para “apreender e conhecer” é guiado pelo afeto, por aquilo que valorizamos porque aprendemos a valorizar.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">É por isto que se diz que aprendemos muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. E também é por isto que se diz “filho de peixe, peixinho é ....”.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Essa força é muito poderosa e é assim que entendemos famílias inteiras que se dedicam ao mesmo ramo de atividades .É por isso que será muito difícil para pais que não gostam de ler, transformar seus filhos em grandes leitores ou pais que não valorizam atividades físicas, terem filhos atletas.</span><br style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;" /><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px;">Mas como o ser humano é capaz de modificar-se, assim também nossos filhos não estão presos a um destino determinista por conta das nossas limitações. Apesar delas e não eximindo a nossa parte de responsabilidade, eles com certeza nos superarão.</span>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-62307089843406823962016-10-14T14:19:00.003-07:002016-10-14T14:21:42.335-07:00A arte de aprender e ensinar.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
arte de aprender e ensinar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não herdamos padrões
instintivos como os animais. Nascemos apenas com reflexos e o <b>potencial para aprender</b>. Para aprendermos
precisamos de <b>mediadores, não aprendemos
sózinhos</b>. É este aspecto que torna <b>o
ambiente</b> tão importante em nossa formação. É ele que, através da família,
media nosso potencial genético e cultural e nos torna, tanto <b>indivíduos únicos,</b> quanto <b>indivíduos pertencentes a iguais em uma
mesma cultura</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A interação do nosso
potencial genético com o ambiente em que somos criados é uma <b>combinação única</b> sendo impossível
reproduzir as mesmas características temporais e espaciais, até na mesma
família. É isto que explica a diferença entre irmãos. <b>É impossível reproduzir as mesmas condições ambientais assim como é
impossível reproduzir de forma idêntica a carga genética de cada filho. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <b>aprendermos “qualquer coisa” começamos pelo
amor</b> que as pessoas importantes para nós, e de quem dependemos para viver, <b>demonstram diante de “qualquer coisa”.</b> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Inicialmente o filho olha
para a mãe e <b>segue seu olhar até o
objeto de interesse</b> da mãe e é desta relação que surgem as <b>motivações para aprender</b>. A
aprendizagem informal vai acontecendo assim, no dia a dia da família e da
cultura ao seu redor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Já a aprendizagem formal da
escola, embora diferente da informal quanto à forma e conteúdo, não é diferente
em seu processo, <b>o aluno também
necessita do afeto como motivação</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O aluno, inicialmente,
confunde o afeto que sente pelo professor com o afeto, ou motivação, que sente
pelo conteúdo escolar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para que ele aprenda será
preciso que o professor <b>transfira,</b>
com habilidade <b>esse olhar </b>de admiração <b>para
o conhecimento escolar</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aparentemente é simples, mas
há muitos envolvimentos inconscientes nesta relação que precisarão da <b>sensibilidade do professor </b>para que
possa haver a transferência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Podemos dizer, sem sombra de
dúvida, que <b>só aprendemos de quem
confiamos. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O bom professor está sempre
atento para esta delicada relação se quiser ser bem sucedido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Parabéns
a todos os professores que criam esses momentos mágicos de ensinar e aprender.
Esses são os momentos que nos transformam e são os que mudam o mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-91306057205926998152015-05-19T11:52:00.000-07:002015-05-19T11:52:38.011-07:0010 Regras para Educar com Limites<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: center;">
<b><i>REGRAS PARA EDUCAR COM LIMITES<o:p></o:p></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: center;">
<span style="font-size: 15px;"><i><br /></i></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> Que nossos filhos precisam ser educados com limites é voz comum, mas o que exatamente significa isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> Antes de mais nada, vamos definir o que se entende por limite. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 18.9149990081787px;">Para este fim e <b>neste texto</b> vamos usar uma definição consensual:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Limite é o ponto onde termina o direito de um e começa o do outro</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Sendo esta definição tão simples e óbvia, por que é tão difícil transformar teoria em prática?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Isto se deve ao fato do nosso comportamento ser o resultado de algumas convicções intimas ou crenças que, mesmo inconscientemente norteiam nossas ações como pessoas e pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Para descobrir por que é tão difícil seguir algumas regras básicas que são consenso em psicologia, temos que aprofundar nosso auto-conhecimento, buscando dentro de nós a causa da dificuldade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Ainda assim, será válido <b>repensar as regras básicas a seguir, </b>como ponto de partida para uma reflexão pessoal:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 1</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que haja muito diálogo desde tenra idade, cheio de causas, conseqüências e porquês.Isso treinará nosso filho a raciocinar de forma lógica para depois entender a reciprocidade que exige o respeito aos outros;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 2</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que só se "cobre" o que a idade permite, lembrando sempre que no início, por mais que você explique o porquê do “não”, e ele não entenda, mesmo assim, deverá OBEDECER (de preferência, por bem);.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 3</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que não se prometa uma sanção (“castigo”) que não se possa cumprir.Ex.: “Se você repetir de ano não haverá viagem de férias”. “Se você não se comportar, <b>nunca mais</b> vai sair comigo”;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> <b>Regra nº 4 </b>– Que o “castigo”, se houver, tenha ligação lógica com a infração ou falta cometida:<o:p></o:p></span></div>
<ul style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">não se comportar no jantar com visitas acarretará seu afastamento desta refeição coletiva;<o:p></o:p></span></li>
<li class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">quebrar ou perder algo de valor de alguém exigirá uma tentativa de reparação ou conserto;<o:p></o:p></span></li>
<li class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">os mais velhos só poderão esperar a satisfação de seus direitos de lazer após cumprir com seus deveres ( que deverão ser combinados previamente entre as partes).<o:p></o:p></span></li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 5</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> –Que as regras familiares sejam claras e respeitadas,<b> independente de nossos humores</b>;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 6</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: xx-small;"> – Que pai e mãe não sejam "iguaizinhos" na forma de educar os filhos.O aconselhável é que sejam diferentes! Mãe é amor incondicional, a mãe ama no presente, o pai ama se a lei for cumprida, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar são necessárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº7- </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Que<b>, </b>alguns valores universais como honestidade, respeito, lealdade e tolerância<b> </b>com as diferenças sejam comuns na família, neste sentido a máxima ideal é “colocar-se no lugar do outro”;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº8 </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">– Que, como <b>exemplo</b>, a criança presencie em seu cotidiano a concretização de bons acordos entre os familiares, para aprender como estabelecer as fronteiras pessoais e construir relacionamentos baseados no respeito e consideração recíprocos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 9 </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">– Que os educadores acreditem que o comportamento moral e ético nasce do respeito às regras sociais e que só a democracia nos trará a justiça social. Que se interessem e <b>respeitem os princípios éticos dos direitos humanos na sua convivência diária</b>, para que nossos filhos façam parte de uma geração que promova a paz entre os homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 10 – </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Que se<b> </b>aceite profundamente a verdade que<b>: “não criamos os filhos para nós, mas para o mundo”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.6099996566772px; line-height: 18.9149990081787px; margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Temos certeza das dificuldades decorrentes de seguir estes princípios, mas a experiência de muitos anos de teoria e prática nos garante que a simples busca por segui-los já contribuirá para uma sociedade melhor e, consequentemente, que nossos filhos serão mais felizes. </span></div>
Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-71332446747273862502013-11-26T05:25:00.000-08:002013-11-26T05:25:20.371-08:00Adolescência: período difícil para pais, filhos e escola<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Adolescência:
período difícil para pais, filhos e escola</span></strong><b><span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
<br />
</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Até há pouco tempo, o estudo da adolescência centrava-se somente
sobre o adolescente e suas pressões internas psicológicas, cognitivas e
hormonais. Mas, segundo Arminda Aberastury, psicanalista argentina que escreveu
várias obras sobre o assunto, esse enfoque será sempre incompleto se não se
levar em conta a outra face do problema : <strong>a ambivalência e a resistência dos pais e da
sociedade em aceitar o processo de crescimento . </strong><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Assim sobre pressões externas e internas, sofre um adolescente que mostra-se
subitamente provocador e onipotente, como forma de negar a sua dor . Às vezes
flutua entre querer ser adulto de imediato ou não querer crescer nunca. Essas
flutuações, para os pais, às vezes são conflitivas, o que os fazem empurrar ou
deter, reprimindo com brutalidade, os progressos. Isso se dramatiza na vida
diária do adolescente, que, por um lado, deve submeter-se a uma disciplina,
escolar ou doméstica, e, por outro, necessita de liberdade para participar
ativamente na vida dos adultos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Muitas vezes sua hostilidade aos pais e ao mundo em geral é gerada na idéia de
não ser compreendido e no seu desprezo da realidade. É um lento desenvolvimento
onde se alterna a confirmação e a negação de seus princípios e onde se debate
entre sua necessidade de independência e sua carência afetiva de dependência.
Sofre crises de extrema fragilidade às criticas, exige e necessita vigilância
como forma de dependência, interpretando a falta de limites imposta pelos pais como
abandono. Ao mesmo tempo seu humor passa sem transição do desprezo do contato
com os pais à necessidade de apoio e dependência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Para os pais, o crescimento do filho traz a difícil realidade do envelhecimento
e da morte, devendo abandonar a imagem de si mesmo que o filho criou e na qual
se instalou. Já não servirá como líder ou ídolo e deverá aceitar uma relação
cheia de ambivalências e de críticas. Os progressos do filho obrigam a avaliar
seus progressos e fracassos. Este balanço tem por testemunha, questionadora e
implacável, o próprio filho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Quando as modificações corporais definem o papel procriador do jovem, inicia-se
o verdadeiro drama edípico. Essas modificações corporais, são aceitas com muito
transtorno e, às vezes, é uma elaboração que se faz ao longo da vida. Todo esse
processo leva o adolescente a adquirir uma identidade adulta que se traduz como
uma ideologia com a qual enfrenta o mundo circundante. <o:p></o:p></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
O início da adolescência, entre 10 ou 12 anos, muitas vezes é marcado por
diferenças de </span><span style="background-color: #eeeecc; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 11.5pt; line-height: 18pt;">comportamento
que, para os pais, são muito assustadoras. Na escola, o aluno que até então
apresentou um comportamento e um rendimento impecáveis, começa a apresentar uma
queda no rendimento e algumas transgressões às regras até então literalmente
impensadas. Isto se deve não só ao seu processo de desenvolvimento afetivo, que
tentamos descrever até agora, mas ao seu desenvolvimento intelectual que,
segundo Piaget, passa a possibilitar ver o mundo com outra estrutura de
pensamento muito mais potente.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
O pequeno mundo infantil torna-se um mundo de possibilidades infinitas para
alguém que, em virtude dessa nova potência de raciocínio, encontra-se em pleno
estágio de onipotência. É nessa fase do: “isso nunca vai acontecer comigo”, que
ele corre mais riscos com a liberdade excessiva. A busca desesperada de
identidade o faz necessitar de um grupo de “iguais”. Seu referencial de si
mesmo passa a ser o do grupo. Vestir-se igual ao grupo, falar as gírias em moda
no grupo, seguir o grupo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Um mundo interno conturbado distrai esse jovem do exclusivo papel de aluno
exercido até então na escola. Os mestres até então adorados passam a ser
questionados nas suas falhas humanas, agora vistas com crueza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
As ocorrências disciplinares, antes quase inexistentes, aparecem com mais freqüência,
algumas vezes por simples oposição, outras por impossibilidade diante do
reflexo de sua desorganização interna. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Os pais chegam a pensar <st1:personname productid="em Escola Militar" w:st="on">em
Escola Militar</st1:personname> como saída diante da própria impotência como
educadores e como uma forma de negar esse período do crescimento do filho. Mas
essa possível eficácia é enganosa pois, segundo Aberastury a violência dos
estudantes não é mais que a resposta à violência da ordem familiar e social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Vigiar sim, negar impossível. A técnica educativa necessária nessa fase é o
diálogo que respeita o ser humano inteligente e pensante, que às vezes se
atrapalha nos questionamentos agressivos, provocações nas quais o adulto não
deve misturar suas dificuldades pessoais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
O dialogo dos pais com o jovem não deve iniciar-se nesse período, idealmente
deve ser algo que venha acontecendo desde o nascimento. Se não é assim o
adolescente terá muita dificuldade em se aproximar do adulto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEEECC; line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br />
Quando o clima de diálogo familiar existe, é menos provável que se submeta a
falsos líderes ou guias autoritários, numa substituição aos pais aos quais está
querendo separar- <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt;">
<span class="post-authorvcard"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Postado por </span></span><span class="fn"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Maria Helena
Dutra Bitelli Baeza</span></span><span class="post-authorvcard"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"> </span></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-18854060909370635102013-10-14T14:25:00.001-07:002013-10-14T14:25:57.138-07:00Professores e alunos, uma relação de confiança.<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.890625px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<h2>
<span style="font-size: medium;">Professores e alunos, uma relação de confiança.</span></h2>
<br /><br /><span style="font-size: xx-small;"> </span> Neste mês de Outubro temos duas datas muito importantes para comemorar: dia da criança e dia do professor, dias 12 e 15, respectivamente. Este é o momento oportuno para falar sobre esta delicada relação que une os dois: a aprendizagem.<br /> É a aprendizagem que diferencia o ser humano de outros animais. O homem não herda modalidades de ação ou instintos, o homem herda a capacidade de aprender e constrói-se a partir da “imitação”, moldando-se ao grupo com o qual convive.<br /> É para sobrevivência desse grupo que a função da educação é preservar e manter a igualdade nos indivíduos. Por outro lado, é graças a individualidade que se pode contribuir para mudanças e progressos.<br /> E como se dá a mágica da aprendizagem?<br /> Segundo a Doutora em Filosofia e Psicologia Sara Paim, iniciamos o nosso interesse pelo saber por causa do amor. Quando, em um primeiro momento, a mãe transfere seu olhar da criança para um objeto de interesse, gera na criança um impulso afetivo para esse objeto de conhecimento.<br /> É dessa relação que surgem as motivações. Com certeza isto explica famílias inteiras de médicos, professores ou a herança de outras atividades familiares. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que não aprendemos de qualquer um, mas sim de quem confiamos.<br /> O aluno, inicialmente, confunde o afeto que sente pela matéria com o que sente pelo professor. O papel do professor é formar com o aluno um vínculo de confiança, para,, conseguir transferir esse olhar de afeto e admiração para o conhecimento acadêmico.<br /> O professor deve estar atento para esta relação, se quiser ser bem sucedido em sua tarefa, embora seja impossível que ele controle as muitas repercussões inconscientes de sua presença e de seus ensinamentos.</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.890625px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<br /> Parabéns a professores e alunos!</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.890625px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<span style="line-height: 18.899999618530273px;"> Aprender e ensinar, são duas faces da mesma moeda. Ambas envolvem muito esforço, humildade, perseverança e muita, muita emoção.</span></div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.890625px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<div style="clear: both;">
</div>
</div>
<div class="post-footer" style="background-color: white; border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) transparent; border-style: dotted; border-width: 1px; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 2px 14px 2px 29px; text-align: right;">
<div class="post-footer-line post-footer-line-1" style="min-height: 1.5em;">
</div>
</div>
Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-60451239678412387302012-10-15T06:30:00.002-07:002012-10-15T06:30:52.588-07:00<br />
<div class="post hentry uncustomized-post-template" itemprop="blogPost" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="background-color: #eeeecc; border-color: rgb(187, 187, 187); border-style: dotted; border-width: 1px 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 18.899999618530273px; margin: 0.3em 0px 25px; padding: 0px 13px;">
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<h2>
<span style="font-size: large;">Professores e alunos, uma relação de confiança.</span></h2>
<br /><br /><span style="font-size: x-small;"> </span> Neste mês de Outubro temos duas datas muito importantes para comemorar: dia da criança e dia do professor, dias 12 e 15, respectivamente. Este é o momento oportuno para falar sobre esta delicada relação que une os dois: a aprendizagem.<br /> É a aprendizagem que diferencia o ser humano de outros animais. O homem não herda modalidades de ação ou instintos, o homem herda a capacidade de aprender e constrói-se a partir da “imitação”, moldando-se ao grupo com o qual convive.<br /> É para sobrevivência desse grupo que a função da educação é preservar e manter a igualdade nos indivíduos. Por outro lado, é graças a inteligência que o indivíduo pode imprimir a sua individualidade contribuindo para mudanças e progressos.<br /> E como se dá a mágica da aprendizagem?<br /> Segundo a Doutora em Filosofia e Psicologia Sara Paim, iniciamos o nosso interesse pelo saber por causa do amor. Quando, em um primeiro momento, a mãe transfere seu olhar da criança para um objeto de interesse, gera na criança um impulso afetivo para esse objeto de conhecimento.<br /> É dessa relação que surgem as motivações. Com certeza isto explica famílias inteiras de médicos, professores ou a herança de outras atividades familiares. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que não aprendemos de qualquer um, mas sim de quem confiamos.<br /> O aluno, inicialmente, confunde o afeto que sente pela matéria com o que sente pelo professor. O papel do professor é formar com o aluno um vínculo de confiança para, como fez a mãe, conseguir transferir esse olhar de afeto e admiração para o conhecimento acadêmico.<br /> O professor deve estar atento para esta relação, se quiser ser bem sucedido em sua tarefa, embora seja impossível que ele controle as muitas repercussões inconscientes de sua presença e de seus ensinamentos.</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<br /> Parabéns a professores e alunos!</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<span style="line-height: 18.899999618530273px;"> Aprender e ensinar, são duas faces da mesma moeda. Ambas envolvem muito esforço, humildade, perseverança e muita, muita emoção.</span></div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6846282476180916571" itemprop="description articleBody" style="border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(238, 238, 204); border-style: dotted; border-width: 0px 1px; margin: 0px 0px 0.75em; padding: 10px 14px 1px 29px;">
<div style="clear: both;">
</div>
</div>
<div class="post-footer" style="background-color: white; border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) transparent; border-style: dotted; border-width: 1px; color: #666666; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 2px 14px 2px 29px; text-align: right;">
<div class="post-footer-line post-footer-line-1" style="min-height: 1.5em;">
<span class="post-author vcard" style="display: block; float: left; margin-right: 4px; text-align: left;">Postado por <span class="fn" itemprop="author" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/Person"><a href="http://www.blogger.com/profile/10093573695318534631" rel="author" style="color: #445566;" title="author profile"><span itemprop="name">Maria Helena Dutra Bitelli Baeza</span></a></span></span><span class="post-icons"><span class="item-action"><a href="http://www.blogger.com/email-post.g?blogID=8942817544371272380&postID=6846282476180916571" style="color: #445566; text-decoration: none !important;" title="Enviar esta postagem"><img alt="" class="icon-action" height="13" src="http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif" style="border: 1px solid rgb(187, 187, 187); margin: 0px 0px 5px; padding: 4px; vertical-align: middle;" width="18" /> </a></span></span><div class="post-share-buttons goog-inline-block" style="display: inline-block; font-size: 13px; margin-top: 0.5em; position: relative; vertical-align: middle;">
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</div>
<div class="post-footer-line post-footer-line-2" style="font-size: 13px;">
<span class="post-labels"></span></div>
<div class="post-footer-line post-footer-line-3" style="font-size: 13px;">
<span class="post-location"></span></div>
</div>
</div>
<div class="comments" id="comments" style="background-color: #eeeecc; border-color: rgb(187, 187, 187); border-style: dotted; border-width: 0px 1px 1px; clear: both; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.899999618530273px; margin: -25px 13px 0px; padding: 20px 0px 15px;">
<a href="" name="comments"></a><h4 style="border-bottom-color: rgb(187, 187, 187); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; font-size: 15px; line-height: 1.4em; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px 14px 2px 29px;">
<br /></h4>
</div>
Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-65972269223175585932012-08-10T13:03:00.001-07:002012-08-10T13:03:44.362-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O papel do pai é o de mostrar o sonho e a lei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Há muitos e muitos anos atrás, os pais
conviviam mais com os filhos do que as mães. As tarefas do campo ou artesanais
faziam dos pais o primeiro professor de ofícios. Segundo Robert Biy,
conferencista americano, escritor do livro “João de Ferro” sobre o psiquismo
masculino, durante a estada no ventre da mãe </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">o
filho aprende a afinar-se com a freqüência feminina, mas com o pai essa
freqüência é aprendida com o conviver.</span><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Com
a vinda da era industrial, há 150 anos atrás, a cada geração aumenta o
afrouxamento do laço entre pai e filho. O pai trabalha fora de casa e o filho
não só não aprende seu oficio como tambem deixa de sintonizar seu corpo numa
vibração masculina. Segundo o autor, </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“ <i>os filhos que não tiveram passado por essa
sintonização sentirão fome de pai durante toda a vida</i>”. </span><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Este pai do qual estamos falando não é só
o progenitor, muitos pais substitutos podem trabalhar com os jovens</span><i><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">: tios podem estimular
seu crescimento, avós podem lhes contar
histórias, velhos podem ensinar rituais e tradições; todos eles pais
honorários.</span></i><i><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Em “ João de Ferro” temos um retrato da
atual situação da sociedade contemporânea sob a acusação de ter “pais de
menos”. Com essa distância e desconhecimento do ofício do pai, como imaginar
que ele é um herói? Como saber que o pai é um lutador do bem? Some-se ao
imaginário (ou até por ele), os filhos, as mães e a própria mídia mostrarem os
pais como objetos de riso como vemos nos
comerciais de TV, promovendo uma ridicularização deste papel : torna ainda mais
difícil a posição de mentor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">E como fazer a função paterna retomar seu
vigor e importância? Voltando ao passado, quando o filho aprendia, <i>“junto ao pai, ao consertar pontas de
flechas ou arados, ou lavar pistões na gasolina, ou cuidar dos partos junto aos
animais” ?<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">O que o pai moderno pode contar ao filho
sobre o seu trabalho? Serão éticos os
princípios que o fazem acordar todo o dia cedo e ausentar-se de casa?
Trabalha-se por gosto do ofício? Por dinheiro? A empresa é idônea? Respeita o
meio ambiente? È um trabalho digno de orgulho? Esse guerreiro luta pelo quê? </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Qual é o seu sonho, seu ideal?</span><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"> </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Continua lutando...desistiu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Há muito o que ensinar na era do conhecimento,</span><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"> há de se valorizá-lo como os cavaleiros
medievais aos seus tesouros. Há também que se reinventar essa versão de pai
contemporâneo. Se os antigos tinham as espadas agora estes têm a lei e a ética.
Aos pais cabe ainda e talvez principalmente, cortar a relação simbiótica entre
mãe e filho, como apontou Freud, e fazer esse filho crescer como pessoa, fora
da superproteção da mãe, mostrando a </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">lei da vida</span><span style="color: windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">, preocupando-se com o futuro adulto,
colocando limites que serão fundamentais ao convívio social de um futuro
cidadão.Temos visto muitos pais com fortes intenções de cumprirem seu papel,
alguns muito ríspidos e intolerantes outros excessivamente tolerantes com os
erros dos filhos, mas ambos com boas intenções. È claro que o segredo esta no
meio termo, mas isto é fácil de escrever e difícil de fazer. Nosso conselho é
que continuem com seus cuidados, sem esquecerem que é com vocês que eles
aprenderão o papel masculino: </span><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A menina escolherá seu
marido “ideal” e o menino se tornará “O” pai.<o:p></o:p></span></div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-15133674492978835562012-08-01T06:43:00.001-07:002012-08-01T06:43:59.333-07:00Que pais e mães eduquem de forma diferente !<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Que pais e mães eduquem de forma diferente !<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">.</span> Os pais
não precisam educar os filhos da mesma forma que as mães.<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> O aconselhável é que sejam diferentes
!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Feita essa
afirmação assim, sem preparo prévio , ela sempre causará descrédito e até uma
certa indignação, mas pensem comigo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> Mãe é amor incondicional, a mãe ama no
presente. O pai ama <b>se a lei for
cumprida</b>, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar são
necessárias mas levam a ações diferentes.. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Explicando um
pouquinho mais, <b>para uma mãe, nada do
que o filho possa fazer de mau faz com
que ela deixe de amá-lo</b>. Para ela, a proximidade com o filho é tanta,
(pudera, conviveram o mesmo corpo durante 9 meses), que há uma certa
dificuldade em perceber onde começa um e termina o outro. Em alguns casos
diz-se que se consegue “enxergar” um
cordão umbilical entre mãe e filho. Isso faz muito bem para a segurança e
auto-estima da criança, <b>mas não a faz
crescer</b>. Se ninguém intervir, o filho será para sempre o “nenê da mamãe”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Já o pai,
inicialmente não tem essa ligação tão estreita. Na verdade ele é apresentado ao
filho através da mãe. O seu instinto de cuidar é despertado primeiro para com a
mulher amada e, é ela quem lhe diz que vai ser pai. Sua preocupação com a
continuidade o faz cuidar do presente e se preocupar com o futuro. Sua cobrança
é social. Como será o futuro desse
filho? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Esta perspectiva
julgará todos os atos do filho e
determinará a relação entre eles..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyTextIndent">
Algumas mães
não querem abdicar nunca desse papel de intermediária e não permitem que o pai
eduque, a menos que seja como ela quer e acha que deve ser.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Mas <b>é impossível que duas pessoas diferentes
ajam igualmente</b>, o que vai enriquecer as experiências da criança que, no
futuro terá que se relacionar com muitas diferenças individuais. Essa barreira
que algumas mães fazem por não querer conflitos em casa, transforma-se em perda
na qualidade da educação. No fundo elas estão subestimando a capacidade de pais
e filhos, além de dispensar uma ajuda que fará falta na formação de uma personalidade
mais adequada socialmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O pai tem o papel de representar a lei na casa. Seu papel</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> de educador tem que ser o “ estraga
prazeres” colocando limites. É claro que esse também é o papel da mãe, só que
ela terá dificuldades pessoais nessa tarefa. Não estamos falando de mandar
escovar o dente ou tomar banho, estamos falando de exigir que o filho seja bom
aluno, comporte-se de forma civilizada e saiba os limites do seu espaço dentro
de casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quanto ao grande
número de famílias cujos pais não reconheceram a paternidade dos filhos, o
papel paterno pode ser exercido por alguém do sexo masculino próximo à família.
O engajamento comprometido de um padrasto, avô ou tio será de grande valia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
E quanto ao mito do casal coerente e que educa igual, pensem que apenas
alguns valores universais como honestidade, respeito, lealdade e respeito pelas
diferenças é que deverão ser comuns.</div>
<div class="MsoHeader">
<br /></div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-14929335592073193422012-06-21T10:23:00.000-07:002012-06-21T10:23:35.979-07:0010 Regras para Educar com Limites<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>REGRAS PARA EDUCAR COM LIMITES<o:p></o:p></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 15px;"><i><br /></i></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> Que
nossos filhos precisam ser educados com limites é voz comum, mas o que
exatamente significa isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> Antes
de mais nada, vamos definir o que se entende por limite.Para este fim e neste
texto vamos usar uma definição consensual: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Limite é o ponto onde termina o nosso direito e começa o
do outro</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Sendo esta definição
tão simples e óbvia, por que é tão difícil transformar teoria em prática?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Isto se deve ao fato
do nosso comportamento ser o resultado de algumas convicções intimas ou crenças
que, mesmo inconscientemente norteiam nossas ações como pessoas e pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Para descobrir por que
é tão difícil seguir algumas regras básicas para educar com limites temos que
aprofundar nosso auto-conhecimento, buscando dentro de nós a causa da
dificuldade. Algumas crenças pessoais facilitam uma educação social mais
adequada, mas este seria o motivo para outro texto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Ainda assim, será
válido <b>repensar as regras básicas a
seguir, </b>como ponto de partida para uma reflexão pessoal:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 1</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que haja muito diálogo desde tenra idade,
cheio de causas, conseqüências e porquês.Isso treinará nosso filho a raciocinar
de forma lógica para depois entender a reciprocidade que exige o respeito aos
outros;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 2</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que só se "cobre" o que a idade permite,
lembrando sempre que no início, por mais que você explique o porquê do “não”, e
ele não entenda, mesmo assim, deverá OBEDECER (de preferência, por bem);. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 3</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> – Que não se prometa uma sanção (“castigo”)
que não se possa cumprir.Ex.: “Se você repetir de ano não haverá viagem de
férias”. “Se você não se comportar, <b>nunca
mais</b> vai sair comigo”;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> <b>Regra nº 4 </b>– Que o “castigo”, se
houver, tenha ligação lógica com a infração ou falta cometida: <o:p></o:p></span></div>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">não
se comportar no jantar com visitas acarretará seu afastamento desta
refeição coletiva;<o:p></o:p></span></li>
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">quebrar
ou perder algo de valor de alguém exigirá uma tentativa de reparação ou
conserto;<o:p></o:p></span></li>
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">os
mais velhos só poderão esperar a satisfação de seus direitos de lazer após
cumprir com seus deveres ( que deverão ser combinados previamente entre as
partes).<o:p></o:p></span></li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 5</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"> –Que as regras familiares sejam claras e
respeitadas,<b> independente de nossos humores</b>;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 6</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"> – Que
pai e mãe não sejam "iguaizinhos" na forma de educar os filhos.O aconselhável é que
sejam diferentes! Mãe é amor incondicional, a mãe ama no presente, o pai ama se
a lei for cumprida, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar
são necessárias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº7- </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Que<b>, </b>alguns
valores universais como honestidade, respeito, lealdade e tolerância<b> </b>com as diferenças sejam comuns na
família, neste sentido a máxima ideal é “colocar-se no lugar do outro”;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº8 </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">– Que, como <b>exemplo</b>, a criança presencie em
seu cotidiano a concretização de bons
acordos entre os familiares, para aprender como estabelecer as fronteiras
pessoais e construir relacionamentos
baseados no respeito e consideração recíprocos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 9 </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">– Que os educadores acreditem que o
comportamento moral e ético nasce do respeito às regras sociais e que só a
democracia nos trará a justiça social. Que se interessem e <b>respeitem os
princípios éticos dos direitos humanos na sua convivência diária</b>, para que
nossos filhos façam parte de uma geração que promova a paz entre os homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Regra nº 10 – </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Que se<b>
</b>aceite profundamente a verdade que<b>:
“não criamos os filhos para nós, mas para o mundo”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Temos
certeza das dificuldades decorrentes de seguir estes princípios, mas a experiência
de muitos anos de teoria e prática nos garante que a simples busca por
segui-los já contribuirá para uma
sociedade melhor e, consequentemente, que nossos filhos serão mais felizes. <o:p></o:p></span></div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-15470393097450260042012-04-20T10:08:00.000-07:002012-04-20T10:08:13.571-07:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQKlpRZx4_W1qPwnseC9eFQrzV07hsvK-H4Bogz398h3W2g-VChPFGnpJ7AzXf6X1RPx-y-jH9RRaQ55D3iXSPjaWqFUG11uWFeKFBOoD8ZLc2of0SkjuHSVUE2UAWtLRg0meqcrScakA/s1600/Revista+da+ACI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQKlpRZx4_W1qPwnseC9eFQrzV07hsvK-H4Bogz398h3W2g-VChPFGnpJ7AzXf6X1RPx-y-jH9RRaQ55D3iXSPjaWqFUG11uWFeKFBOoD8ZLc2of0SkjuHSVUE2UAWtLRg0meqcrScakA/s320/Revista+da+ACI.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;">Meus
agradecimentos à homenagem da Associação do Comércio e Indústria de São
José dos Campos em matéria do mês de Abril</span> de 2012.</div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-36598396312873387582012-04-20T10:06:00.002-07:002012-04-20T10:06:32.243-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAFKOM0sL6guYfNRxAQ3L9Lj__1ZVew0iZiibGtAQS8Z2Raoz1V-piUBGKxMUR8u-o9gnkApRY85tfLSTLtd8sA3hE6uDbWWZNcJVgMRZJ91YR9QlbBlvIyR9TdJHqhdv_u30lPRlKKT8/s1600/Medalha+Cassiano+Ricardo+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAFKOM0sL6guYfNRxAQ3L9Lj__1ZVew0iZiibGtAQS8Z2Raoz1V-piUBGKxMUR8u-o9gnkApRY85tfLSTLtd8sA3hE6uDbWWZNcJVgMRZJ91YR9QlbBlvIyR9TdJHqhdv_u30lPRlKKT8/s320/Medalha+Cassiano+Ricardo+2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYweG__nOIfWqD4AFBkWno8m7RB21Wh9x9raDiODijVo7qTr_3mRnnmHVBLLPuxe9nu2UcY6t6LHcoKfvggdb1jwN23wLhR-pJ28VpOWnu5ngQsqOredmqq_ccpbpQEHd3cfFWdz5FhSM/s1600/Maria+Helena+recebe+o+pr%C3%AAmio+dos+vereadores+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYweG__nOIfWqD4AFBkWno8m7RB21Wh9x9raDiODijVo7qTr_3mRnnmHVBLLPuxe9nu2UcY6t6LHcoKfvggdb1jwN23wLhR-pJ28VpOWnu5ngQsqOredmqq_ccpbpQEHd3cfFWdz5FhSM/s320/Maria+Helena+recebe+o+pr%C3%AAmio+dos+vereadores+1.jpg" width="320" /></a></div>
A Emak agradece à Câmara Municipal de São José dos Campos pela outorga da medalha Cassiano Ricardo. Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-85775449164024284792010-08-29T14:25:00.000-07:002010-08-29T18:16:29.493-07:00Diferenças entre a postura de ensino conhecida por "ensino tradicional" e a postura de ensino chamada de "construtivismo".<div align="center"><em><strong>Diferenças entre a postura de ensino conhecida por "ensino tradicional" e a postura de ensino chamada de "construtivismo".</strong></em></div><em><strong><div align="justify"><br /></strong></em>Este ensaio não tem a pretenção de esgotar o assunto que o título propõe.<br />Trata-se de um resumo feito para uma reportagem que saiu no Vale Paraibano ( jornal local).<br />Na ocasião o reporter me perguntou:<br /><strong>Qual é a diferença entre o método tradicional e o método construtivista?<br /></strong>Para essa pergunta eu sempre começo explicando que o construtivismo não tem um método, mas uma filosofia de educação que se reflete na postura de quem ensina.<br /><strong>Um método pressupõe ações padronizadas</strong>, que atingem determinados objetivos, mas nem sempre, no ensino, estas ações vem acompanhadas de uma teoria que as fundamentem.<br />Esse é o caso da prática que conhecemos por "tradicional".<br /><strong>Já a postura construtivista</strong> é uma interpretação do profissional do ensino, baseada em teorias que estudam os processos do ensino- aprendizagem. <strong>É uma transformação pessoal da teoria em prática.</strong> Dai talvez algumas práticas bem intencionadas mas inadequadas a visão de conhecimento interacionista.<br />Após 26 anos neste esforço de uma prática coerente com as teorias da psicologia do desenvolvimento de Piaget, o sócio-construtivismo de Vygotsky, os conteúdos da reforma de Cesar Coll, e outros inúmeros e não menos importantes teóricos do ensino-aprendizagem, pude ousar fazer a tabela abaixo que coloco à disposição daqueles que se interessam e/ou estudam o assunto para críticas e sugestões.<br /></div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIRAqrRosg0N2WwY2qGFLOjVpwadIyto-cN5V_6hojTdYpynPhlpn-F0hbkM9874eQpI2Bll0WHP4IgZSzMDhXJmEw9nvugu3tfLIcFC7fX6G39PKR2cjwQiXwpX-glF7jY5EnKiH6EM/s1600/Slide32.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511003490305698994" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 436px; CURSOR: hand; HEIGHT: 510px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIRAqrRosg0N2WwY2qGFLOjVpwadIyto-cN5V_6hojTdYpynPhlpn-F0hbkM9874eQpI2Bll0WHP4IgZSzMDhXJmEw9nvugu3tfLIcFC7fX6G39PKR2cjwQiXwpX-glF7jY5EnKiH6EM/s400/Slide32.JPG" border="0" /></a> <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511003379505488642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 433px; CURSOR: hand; HEIGHT: 554px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpRcKlOpRofx_227Zw72xSQ86VKTBT-jBWdfl0bnFqzZ6g9Qs88zr2B8JD69_o9cuU8IX3HKLqYq3WE6fKn4CDIGK54XWhBC3BXd8Z1y4IWh1bj_eucuOzCrca_4NeU2D2s_il3knaheM/s400/Slide33.JPG" border="0" /><br /><br /><br /><br /><div><div><div><div><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkkkgbSi50maiREXMaD4ZTj7Uln-M96pG3QuXHf4lHh-jB34sb26BjDE17JYtvzTI2hlPtDn-WLVex2Fgd4AjvPr89uEWnprpOgy894uFIgbf-Mx2bJdp4Va5C6H4r1uBufQEVC3Klzc/s1600/Slide32.JPG"></a></div></div></div></div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-19753873122083763052010-05-30T07:30:00.000-07:002010-05-30T07:33:39.803-07:00Sobre o texto de Rosely Sayão<div align="justify">Escola “transbordante”.<br /><br />A minha colega psicóloga, Rosely Sayão, colunista da Folha de São Paulo ás quintas-feiras no caderno Equilíbrio, e a quem tanto admiramos, escreveu um texto polêmico em sua coluna do último dia 29/04/10.<br />Polêmico porque se propôs a delinear as responsabilidades das partes (escola e família) no desempenho escolar das crianças.<br />No texto ela pede “perdão às mães” falando em nome de “muitas” escolas que culpam os pais das dificuldades dos filhos (segundo ela, por não sabermos ensinar alunos que não sejam exemplares)<br />Culpa também as escolas por informarem demais os pais sobre assuntos do comportamento de aluno que, segundo ela, deveriam ser tratados exclusivamente entre escola e alunos.<br />Concordo com ela, em parte, mas sou obrigada a concordar mais com o conteúdo em si e menos com o peso maior dado para apenas uma das partes envolvidas num relacionamento que já sabemos ser complicado por ser carregado de afeto.<br />Embora se espere que uma das partes seja estritamente profissional, é lógico que o professor tem seus medos do fracasso como qualquer ser humano. Hoje em dia com a escola arcando com a responsabilidade em formar a cidadania de seus alunos, com tudo o que esse conceito inclui, ou seja, para ser professor não basta mais ser apenas ser especialista em sua área curricular.<br />Como Antonio Nóvoa, grande pensador português disse em sua palestra no último Congresso Saber, a escola agora é “transbordante”, deve ser cheia de projetos e dar conta de cada vez mais conteúdo. Segundo ele “precisamos parar de pensar que a escola vai salvar o mundo”.<br />Houve uma mudança de paradigma nos conteúdos escolares que, como toda a mudança de valor envolve uma mudança pessoal por parte do professor. Isto não acontece do dia para a noite e muito menos por decreto. É compreensível que neste momento o professor se sinta inseguro. Os pais por sua vez, com cada vez menos tempo, enfrentando uma luta diária pela sobrevivência, não têm tempo para aprender a serem pais. A escola do filho passou a ser um fardo a mais e cabe a nós, educadores aliviá-los deste cargo.<br />Calma lá, a Cesar o que é de Cesar, ou melhor lembrando, os antigos tinham um ditado que dizia que aos pais cabe a responsabilidade de “embalar Mateus” mas não seria elegante reproduzi-lo neste texto.<br />A virtude esta no meio termo. O aluno não deve ser tratado como uma “batata quente” que ninguém quer segurar. É isto que está em jogo. Por outro lado, se todos nós nos responsabilizarmos pela sua vida escolar ele poderá se dar ao luxo de ficar irresponsável, é isso que acontece enquanto pais e escolas se culpam.<br />Portanto, os educadores devem refletir sim, não só sobre isso como ela pede em seu texto, mas sobre cada fundamentação de sua ações, assim como as família devem se responsabilizar sobre a sua parte.</div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-66293925971266056022010-05-05T03:31:00.000-07:002010-05-05T03:32:52.624-07:00O olhar da mãe conduz a aprendizagem.O olhar da mãe conduz a aprendizagem.<br /> <br />Não aprendemos de qualquer um, aprendemos de quem confiamos.<br /> <br />O homem é o único animal que não herda padrões instintivos que possa garantir a sobrevivência. A sua herança genética maior é a capacidade de aprendizagem .<br />Somos da única espécie animal que se molda ao grupo com o qual convive, seja ele primitivo ou desenvolvido tecnológicamente.<br />Um LOBO sempre será um LOBO, mesmo que nunca conviva com outros da mesma espécie, e mesmo que seja criado por homens. Um homem poderá ser um “lobo”, se criado entre eles, o caso do “menino lobo” é verdadeiro.<br />É a aprendizagem da cultura que nos garante a preservação da espécie mas é a nossa capacidade de modificá-la, a partir da nossa individualidade , que é a mola das transformações sociais.<br />Segundo Alicia Fernandez, é a nossa individualidade, um organismo ( potencial genético) que em interação com o meio constrói imagens, sensações, a inteligência e as emoções, tornando-nos únicos, assim como a nossa interpretação do mundo . Quando percebemos a mesma realidade subjetiva de alguém sentimos que tivemos um verdadeiro encontro.<br />Mas o primeiro encontro se dá com o olhar da mãe. Descreve Sara Paim “Tudo começa na triangulação do primeiro olhar. No primeiro momento, a mãe busca os olhos da criança e a criança busca seus olhos; aqui há o encontro necessário para que haja aprendizagem, mas logo a mãe olha para outro lado. Seus olhares encontram-se em um objeto comum” E é esse objeto comum que desperta a nossa curiosidade.<br />Durante muito tempo a mãe, ou as pessoas que exercem a maternagem, serão responsáveis por dirigir este olhar, e a criança começará a gostar das coisas que essas pessoas gostam. O afeto é a mola do intelecto. Nossa inteligência não é só razão.O objeto que escolhemos para “apreender e conhecer” é guiado pelo afeto, por aquilo que valorizamos porque aprendemos a valorizar.<br />É por isto que se diz que aprendemos muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. E também é por isto que se diz “filho de peixe, peixinho é ....”.<br />Essa força é muito poderosa e é assim que entendemos famílias inteiras que se dedicam ao mesmo ramo de atividades .É por isso que será muito difícil para pais que não gostam de ler, transformar seus filhos em grandes leitores ou pais que não valorizam atividades físicas, terem filhos atletas.<br />Mas como o ser humano é capaz de modificar-se, assim também nossos filhos não estão presos a um destino determinista por conta das nossas limitações. Apesar delas e não eximindo a nossa parte de responsabilidade, eles com certeza nos superarão.Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-9987864641442548942010-04-18T07:32:00.000-07:002010-04-21T03:00:44.349-07:00As sanções Construtivistas.<div align="justify">As sanções Construtivistas.<br /><br />“Os professores construtivistas não “disciplinam” as crianças no sentido de controlá-las ou puni-las. Ao invés disso, as alternativas construtivistas a esse tipo de disciplina centram-se em estratégias de apoio à construção pelas crianças, de convicções sobre o relacionamento cooperativo com outros. A distinção de Piaget entre sanções expiatórias e por reciprocidade é a base para o planejamento das reações a maus atos.”<br />O trecho acima foi retirado do livro A ética na educação infantil, a que já me referi em outros textos já publicados aqui. Este conceito expresso neste pequeno texto é a base da “metodologia” da construção da moral, entendendo método como o fazer no dia-a-dia diante do comportamento inadequado do aluno ou filho.<br />Como lidar com o comportamento agressivo, insensível, desobediente, descontrolado e outros?<br />Alem de combinar regras, o que fazer quando elas forem ignoradas?<br />A teoria propõe que vigiemos nossas ações para que elas não tenham uma postura expiatória, ou seja que elas não tenham a intenção de fazer a criança pagar pelo que fez e a nossa postura transpire a de um executor. Uma vez submetida a pena expiatória ( similar ao antigo ajoelhar no milho) a criança sente que já não deve mais nada, expiou sua culpa, pode fazer de novo. A consciência do mal praticado por ela fica por conta do adulto, não permitindo que ela desenvolva um raciocínio moral autônomo.<br />A postura construtivista deve ser em primeiro lugar calma, para que a criança realmente perceba que estamos apenas cumprindo uma regra que foi combinada de forma clara e que é conseqüência da ação da própria criança. Só ela é responsável por aquela sanção, quando muito podemos ser apenas solidários com o erro infantil, mas sem deixar de aplicar a sanção por reciprocidade. Essas sanções podem ser:<br /><br />1 – Conseqüência naturais (a privação resulta diretamente da ação, (quebrou ou perdeu)<br />2 – Compensações (consertar ou substituir)<br />3 – Privar o transgressor do objeto mal-usado ( um brinquedo, computador, etc)<br />4 – Exclusão do grupo até que consiga seguir as regras do mesmo. ( do jogo ou da atividade)<br />5 – Fazer à criança o mesmo que ela fez. (só no caso de recusar ajuda-la)<br />6 – Censura ( para que perceba a transgressão do vínculo de solidariedade decepcionando)<br />Na escola, a fim de deduzirem a possibilidade de as crianças sentirem as conseqüências como arbitrárias e punitivas, os professores construtivistas seguem nove diretrizes que protegem a autonomia das crianças. ( em casa podem ser adaptadas)<br />1 – Evite sanções expiatórias<br />2 – Encoraje a associação lógica das conseqüências<br />3 – Quando as crianças sugerirem uma conseqüência muito severa para o amigo peça para que o transgressor diga o que sente e apóie esse sentimento<br />4 – Verbalize a relação de causa-efeito, quando ocorrem conseqüências naturais.<br />5 – Permita seletivamente, a ocorrência de conseqüências naturais. ( ex.: tratar do amigo que machucou)<br />6 – Ofereça oportunidades para a compensação. (Consertar o que fez)<br />7 – Quando a exclusão é utilizada, abra caminho para a readmissão.<br />8 – Quando as crianças excluem outras, ajude o excluído a encontrar um modo de reingressar na brincadeira e melhorar a relação com os companheiros<br />9 – Evite conseqüências indefinidas Ex.: a exclusão de um aluno da próxima excursão pode ser planejada de forma que em outra mini excursão ele retoma a confiança de que seguirá regras.<br /><br />Posso testemunhar a eficácia dessa postura após anos de aperfeiçoamento na utilização desta prática. A disciplina encarada como a construção da moral pelo aluno é uma forma feliz de convivência entre todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem.<br /></div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-7236998139332557162010-04-11T13:48:00.001-07:002010-04-13T06:36:25.537-07:00avaliações<ul><li><div align="justify">As avaliações Bimestrais<br /><br />A EMAK, define sua proposta de avaliação, através da análise de novos modelos de avaliações feitas pelo ENEM, SARESP, e outras. Nossa proposta não tem como objetivo preparar o aluno para “uma” avaliação, mas prepará-lo para as avaliações que enfrentará no futuro. Para isso, nossa equipe vem estudando os teóricos do assunto, como Philippe Perrenoud, Edgar Morin, César Coll.<br />As mudanças na educação para o novo milênio são uma “imposição”da UNESCO no sentido de promover o desenvolvimento de um ser humano inteligente que resguarde a vida no planeta. Segundo a UNESCO, para tal a educação baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer , aprender a ser e aprender a conviver.<br />A avaliação como instrumento pedagógico surgiu por volta do séc. XVII e tornou-se indissociável do ensino. Segundo Perrenoud “A avaliação inflama necessariamente as paixões, já que estigmatiza a ignorância de alguns para melhor celebrar a excelência de outros. Quando resgatam suas lembranças de escola, certos adultos associam a avaliação a uma experiência gratificante, construtiva: para outros, ela evoca, ao contrário, uma sequência de humilhações.<br />Tornando-se pais, os antigos alunos têm a esperança ou o temor de reviver as mesmas emoções de seus filhos.”<br /><br />Estando os pais envolvidos através do resgate dos afetos e desafetos, optamos por enviar sugestões fundamentadas para que, nesse momento de “paixões”, decidam da melhor forma, amparados em dados objetivos:<br /><br />· Os novos modelos de avaliação dão ênfase na aferição das estruturas mentais com as quais construímos continuamente o conhecimento e não apenas na memória que, importantíssima na constituição de nossas estruturas mentais, sozinha não consegue fazer-nos capazes de compreender o mundo;<br /><br />§ O desenvolvimento destas estruturas mentais NÃO SE CONSEGUE DE UM DIA PARA O OUTRO (de véspera).<br /><br />§ Diariamente são propostas atividades em sala que, no conjunto, visam este desenvolvimento. O ALUNO DEVE SER ATIVO NESSAS ATIVIDADES.<br /><br />§ Para “estudar” adequadamente, o aluno deve desenvolver o hábito de estudo diário, reservando uma hora marcada do seu dia para tarefas escolares ou leitura.<br /><br />§ A leitura compreensiva é a competência básica que permeia todas as demais, portanto deve ser incentivada pela família e pela escola.<br /><br />§ Desta forma, mantendo essas perspectivas, com ajuda da família, o aluno que não tem dificuldades específicas não precisará estudar exaustivamente na véspera das provas.<br /><br /><br />Como ajudar seu filho a estudar para as provas<br /><br />Um bom rendimento escolar começa, naturalmente, pela postura em sala de aula. Alguns alunos às vezes pensam que é possível recuperar em casa, individualmente, o tempo perdido em aula mal assimilada. Nada mais equivocado. O processo de aquisição do conhecimento não se desenvolve plenamente de modo individual, porém aprender o método de estudar é uma tarefa solitária, e pessoal. Cada pessoa sabe qual é a sua forma mais eficiente de desenvolver sua própria técnica de memorizar, relacionar e compreender. Pergunte ao seu filho como ele aprende. Assim você o estará ajudando a desenvolver seu método pessoal de estudo.<br />Aos pais cabe fornecer o material necessário, local adequado e, apenas em algumas situações excepcionais, orientar o estudo. Às vezes, é importante esperar que o aluno tente através de seus próprios recursos, pois a confiança e a autonomia são companheiras indissociáveis.<br />Não subestime seu filho, fazendo tudo por ele. Isto o tornará dependente e inseguro. Aprender, assim como andar, comporta facilitadores, mas só o próprio indivíduo pode fazer.<br />Oriente-o, se for possível, apenas no que diz respeito a:<br /><br />· marcar hora do início e do fim do estudo ( nunca menos de uma hora);<br />· estar bem acomodado (cadeira e mesa, nunca na cama);<br />· escolher um local bem iluminado e longe da movimentação da casa;<br />· não interromper com telefonemas ou respondendo e-mails...;<br />· dispor do material necessário (livros e cadernos);<br />· pedir ajuda excepcionalmente e “se” necessário;<br />· refletir sobre o relatório de ocorrências e suas conseqüências;<br />· não mudar o horário de estudo;<br />· não propor trocas ou “barganhas”<br />· combinar regras claras e do conhecimento de todos;<br />· se não tiver trabalho e/ou tarefas, manter o horário de estudo, e ocupar-se com livros, gibis ou jogos educativos.</div></li></ul>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-29136806098810864862010-03-08T04:43:00.000-08:002010-03-08T04:49:24.122-08:00Dia Internacional da Mulher nos propõe reflexão sobre a nossa vida.<div align="justify"> </div><div align="justify">Dia 8 de março chegou e com ele, uma pausa nos textos sobre psicopedagogia e a reflexão sobre o dia internacional da mulher. Para muitas pessoas em uma análise superficial, a data é inútil, servindo só para maior discriminação da mulher. Mas essa idéia não sobrevive a uma análise mais profunda. Se levarmos em conta as exigências a que as mulheres “modernas” se submetem, veremos que muitas vivem quase um autoflagelo. Incentivadas pela mídia e pela cultura paternalista e tradicional, as mulheres modernas tem que dar conta da beleza, da “eterna” juventude, da carreira, dos filhos, da casa e da participação política. Continuam a ganhar menos que os homens, estudam mais, se exercitam mais, se embelezam mais e, como se tudo isso não bastasse, limpam, fazem compras e cozinham mais. O resultado é uma ansiedade infinda por ter abraçado uma missão impossível.<br />O dia internacional da mulher é importante sim, importante para que cada uma de nós faça uma\ reflexão sobre essa necessidade de atender a essas múltiplas tarefas.<br />Quem?(Se não nós mesmas) nos obriga a essa maratona? Porque não nos propomos dividir mais? Será para não perder o poder doméstico? Será para poupar filhos e maridos? E fora do lar, porque não exigimos salários iguais e creches e escolas em período integral?<br />Quem nos colocou na posição de cidadãs de segunda classe? Quando discuto com meus alunos sobre auto-estima costumo pedir que interpretem a afirmação: “Ninguém poderá fazer você se sentir inferior, a menos que você esteja de acordo” Será que temos um problema de baixa auto-estima? Se isso for real, quanto ele é cultural e quanto será pessoal?<br />Nas buscas históricas sobre a imagem da mulher, percebe-se que a mulher já esteve na posição de deusa, presumia-se que a maternidade fosse um ato divino. Depois, quando o homem percebeu sua responsabilidade pela gravidez, a mulher passou a ter que ser “possuída e trancafiada” para garantir a paternidade a esse homem. Durante a maior parte da história a mulher foi excluída da vida pública e considerada um homem incompleto. Com o romantismo surgiu a mulher enaltecida. “O romantismo foi, efetivamente, o movimento que deu projeção à mulher, tornando-a mais respeitada e com alguma importância social”, afirma Cristina Costa em A Imagem da Mulher. O movimento romântico fez parte de um movimento do clero no século 16 para amenizar o intenso clima de guerra que dominava a Europa.<br />No século 18, com a preocupação sobre os direitos do indivíduo, a educação foi valorizada e trouxe poder a maternidade novamente. A mulher voltou a ser líder na família e o homem líder nas situações sociais. E assim chegamos até os dias de hoje.<br />Esse é o legado cultural que nos restou. Mas agora, que sabemos existir um paradigma patriarcal inconsciente, o que podemos fazer? Como psicóloga aconselho a conhecê-lo e aceitá-lo como real. Ai então poderemos refletir sobre ele no contexto atual .<br />Viram como o tema é complexo? Se não fosse o dia internacional da mulher, provavelmente a sobrecarga das nossas atividades cotidianas não daria tempo para esta reflexão. O outro conselho que ouso dar é para que nos amemos mais com nossos limites, fragilidades e por que não dizer, nossas maravilhosas diferenças . </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-35568678080791260062010-02-28T13:05:00.000-08:002010-03-07T03:15:38.086-08:00O ambiente sócio-moral e sua influência no desenvolvimento infantil.<div align="justify"><strong>O ambiente sócio-moral e sua influência no desenvolvimento infantil.<br /><br /></strong>Conforme prometi seguem mais alguns conceitos do livro Ética na Educação Infantil, o ambiente sócio-moral na escola, de Rheta DeVries e Betty Zan. Podemos começar definindo o que significa o termo sócio-moral no livro. Sócio diz respeito às convenções sociais, regras de boa educação que regem o comportamento dos indivíduos de uma sociedade. Moral é o respeito às idéias e desejos do outro. A criança sócio moral não é aquela que obedece cegamente os adultos, a criança moral é aquela que segue as regras conscientemente em respeito aos que convive. Quando alguém segue essas regras fica difícil saber se a intenção é evitar punições e receber elogios ou é respeito e consideração pelos indivíduos com os quais convive. Por isso o termo é inseparável.<br />A criança pequena entende as regras de acordo com o seu nível intelectual e sua experiência através da convivência, dentro da família e na escola. Dentro da família ela aprende as regras privadas do grupo familiar. Não é sempre que as regras privadas coincidem com as regras do espaço público. Por exemplo, cada família tem suas próprias regras para a hora da refeição, pode-se comer com o prato na frente da TV, dentro do quarto, individualmente, a qualquer hora que se sinta fome, na mesa com os outros, lendo o jornal, etc... Já no âmbito privado, as regras à mesa são claras e rígidas. Portanto nem sempre se aprende todas as regras sociais em casa. É na escola que a criança convive com seus iguais, hierarquicamente falando. E, para que esse grupo maior e de direitos iguais, possa conviver bem é preciso combinar regras. É nessa negociação que começa a aprendizagem sócio-moral. É na hora da conversa, do infantil até o fim do ensino fundamental, que os alunos podem ser auxiliados a cooperar e a negociar. Como eles têm dificuldade em se colocar no lugar do outro, é na conversa que cada um conta ao outro como se sente em relação às brincadeiras de “mau gosto” ou à exclusão de uma brincadeira ou às fofocas maledicentes e combinam regras sobre estes assuntos e outros como: o uso dos materiais da sala, ambiente na hora do trabalho, e muitas situações que convivem com o cotidiano de uma classe. Esses aspectos, se não resolvidos, podem influir na aprendizagem acadêmica, portanto, quando surge um conflito, longe de entregar para alguém fora da sala resolver pensando em por para longe o que pode atrapalhar a aula, deve-se encará-lo de frente. Quase sempre é necessário resolver o problema conversando sobre ele e aproveitando para permitir que os alunos exercitem a construção da moral.<br />Fazendo um parênteses, uma forma de controlar o ambiente escolar para esses momentos de construção da moral é promovendo assembléias escolares, essa é a minha experiência pessoal há cinco anos, promovendo assembléias do 2º ao 9º ano. Tema do professor Ulisses Araújo, da PUC de Campinas, e com quem apuramos uma prática que exercíamos desde o início dos anos 90, através de suas publicações e de sua palestra em São José dos Campos em 2005. Construtivistas desde 1986, sempre entendemos a moral como um objeto de conhecimento, com o qual o aluno precisa interagir de forma curricular, assim como interage com a língua escrita e a matemática. <strong>“A moralidade se constrói assim como o conhecimento do mundo físico”</strong> e este é um dos paralelos entre os estudos das autoras e as pesquisas do desenvolvimento moral de Piaget.<br />A sugestão das autoras é a Roda da Conversa, momento em que decidem, combinam regras e discutem dilemas morais, não com o intuito de resolvê-los, mas para exercitar a argumentação e ouvir opiniões divergentes.<br />Piaget definiu moral como “um sistema de regras internalizado, e que o indivíduo segue como um princípio necessário para a vida em sociedade”. Voltando ao livro, para chegar ao grau máximo de internalizar essas regras como um valor, será preciso passar pelos níveis que Selmam, 1980, elaborou sobre o trabalho de Piaget . Esses níveis, vão da perspectiva egocêntrica (incapaz de pensar em outro ponto de vista que não o seu próprio) ao domínio do entendimento interpessoal. O professor tem como trabalho conhecer esses níveis e intervir para que o aluno progrida para um nível superior.<br />Selmam chamou de níveis e não estágios porque ao contrário do conhecimento físico, o indivíduo sempre poderá regredir ao nível inferior dependendo da carga afetiva envolvida. Ao professor cabe ajudar os alunos tanto na explicitação do conflito, aos quais muitas vezes falta clareza, quanto a guiá-los nas decisões do grupo, explicitando aquelas que fogem ao bom senso. “Neste ambiente o professor pede, sugere, persuade, ao invés de dizer, mandar, controlar”. A medida certa entre guiar co-operando e guiar mandando é a dificuldade deste trabalho, para o qual, há de se ter um perfil que reflita um real comprometimento com a teoria.<br /><br />A influência deste ambiente no desenvolvimento da criança conforme fundamentam as autoras, é que “quando os adultos permitem que as crianças pensem e decidam sobre as regras, ajudam no desenvolvimento de um “self”(noção de si mesmo) seguro e estável” enquanto que o ambiente escolar coercitivo, cheio de regras autoritárias, “propicia indivíduos inseguros, sem autonomia, que podem reagir com submissão, raiva ou dissimulação, por não entenderem as crenças e os valores das regras que lhe são impostas. A coerção limita a mente, personalidade e sentimentos das crianças”.<br /><br />O ambiente escolar deve propiciar um ambiente sócio-moral construtivista, fortemente embasado em conhecimento teórico. Só a nossa aprendizagem sobre a construção da moral, será capaz de quebrar um paradigma, construído através de anos em escolas que negavam o relacionamento entre alunos. </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-90899302319146690652010-02-21T06:30:00.000-08:002010-02-21T07:00:37.704-08:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O que vem a ser ambiente sócio-moral na escola. </span></strong><br /><span style="font-size:130%;"></span><br />Não tendo desculpa para tamanha ausência de textos vou tentar me redimir com a resenha de novas releituras.<br />Sem prometer tamanha disciplina, me atrevo a dizer que segue a primeira.<br /><br />É muito bom ter novos desafios, no final do processo você sempre sairá modificado por novos conhecimentos. Mas também é muito bom quando você lê sobre um tema que você já conhece, desenvolve um trabalho e a leitura dá nomes e cita experimentos que comprovam que estamos no caminho certo há muitos anos.<br /><br />Foi o que aconteceu com a leitura do livro a <strong>Ética na educação infantil, o ambiente sócio-moral na escola,</strong> de Rheta DeVries e Betty Zan, um livro que li e resumi para dar aula em cursinho para concurso de professores.<br /><br /></div><div align="justify">Ao tomar conhecimento deste livro na bibliografia do concurso já fiquei muito feliz porque sempre acreditei ser este ,um tema fundamental para qualquer educador que se atualiza. Parabenizo os organizadores da bibliografia quanto, não só este, como todo o conteúdo exigido, muito embora, por experiência no trabalho com professores, este conteúdo bibliográfico, por representar uma mudança no paradigma escolar, leve mais de uma década para ser inteiramente compreendido e quiçá um dia ser incorporado à prática de um educador.</div><div align="justify"><br />As autoras são seguidoras de Piaget, produzindo literatura a respeito de assuntos que contribuem para a prática construtivista, que eu conheça, desde a década de 80. Este livro é de 1994. Eu já o possuía e havia feito uma leitura casual, mas ele, como todos os livros construtivistas, têm que ser lido com profundidade. </div><br /><br /><br /><div align="justify">Deixando de lado as considerações, vou tentar escrever sobre a idéia central deste livro genial de trezentas e poucas páginas.</div><div align="justify"><br /><strong>O que vem a ser ambiente sócio-moral na sala de aula?</strong></div><div align="justify"><br />Trata-se de um ambiente proporcionado pala postura do professor, que se propõe a respeitar o aluno física, emocional e intelectualmente.<br />O ambiente que respeita o aluno fisicamente é aquele adequado as suas necessidades fisiológicas como por exemplo comer, ir ao banheiro, repousar, referentes a faixa etária, aos cuidados ambientais adequados em todos os sentidos ( organização, higiene, clima, espaço, mobiliário, iluminação, etc...). É incrível a dificuldade dos professores em permitir ao aluno ir ao banheiro quando este solicita.</div><div align="justify"><br />O ambiente que respeita emocionalmente é aquele que permite e incentiva o aluno a falar de seus sentimentos no seu nível de desenvolvimento, e que o professor conheça a teoria de desenvolvimento sócio-moral e possa intervir adequadamente para que o aluno progrida para um nível superior. Este ambiente inclue aceitação incondicional, inclusive da criança “difícil” ( considerada pela autoras aquela que coloca os outros em perigo e perturba as atividades da aula), empatia e regras claras. <strong>Longe de ser um ambiente de liberdade total</strong> porém sem dúvida um ambiente democrático, uma vez que permite, sob a tutela do adulto, que as crianças pensem e deliberem sobre suas próprias regras. O termo sócio-moral combina as regras sociais ou convencionais de boa educação com o termo moral entendido como o respeito aos sentimentos e desejos dos outros; assim como o cumprimento das regras como necessidade para a boa convivência.</div><div align="justify"><br />Respeitar o aluno intelectualmente, quer dizer, conhecer o estágio de desenvolvimento cognitivo de seu aluno e propor atividades adequadas, conhecendo o raciocínio infantil e fornecendo a base para o seu desenvolvimento. Para isso o educador deve conhecer a teoria de Piaget tanto no que diz respeito ao sujeito que aprende quanto à hierarquia de conhecimento do objeto de aprendizagem, do qual ele será mediador na interação sujeito-objeto.</div><br />Mas, o mais importante é que ao proporcionar um ambiente sócio-moral estaremos auxiliando a formar um indivíduo autônomo, finalidade de toda a educação. Este sujeito será ativo moral e intelectualmente, autor da própria aprendizagem, numa progressão apenas imaginável no sonho de um educador.<br /><br />Para Piaget, o ambiente que permite pensar e decidir sobre as regras ajudam, no desenvolvimento de um self ( noção de si mesmo) seguro e estável, ao contrário do ambiente autoritário, onde o professor detêm o saber e o aluno espera dele o sinal para aprender, que propicia indivíduos inseguros, heterônomos (regulados por outrem) que podem reagir com submissão, raiva ou dissimulação.<br />Bom, agora que já foi dito <strong>“o quê”</strong> e o <strong>“porquê</strong>”, resta o <strong>“como”</strong> fazer isto em sala de aula.<br />Como trabalhar isso no dia-a-dia?<br /><br /><div align="justify"><br />Pra quem não conhece e não pode fazer uma visita na escola EMAK, resta esperar um novo texto, sem o qual o livro que me propus relatar permaneceria injustamente incompleto.</div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-79389416645317709492009-08-24T09:54:00.000-07:002009-08-24T10:52:44.095-07:00<div align="justify"><strong>Por que escrever é tão difícil </strong>?<br /><br />Escolhi este tema para justificar e me desculpar pela demora em postar textos em meu blog mas a verdade é que a autocobrança me fez pensar sobre o tema que dá título a este texto.<br /><br />Vejam bem, se já é difícil falar o que pensamos, mesmo tendo o recurso da linguagem corporal como gestos, “caras e bocas”, imaginem registrar todos estes recursos juntos graficamente. Explicando melhor, os gestos que fazem parte da explicitação das nossas ideias, ao escrever, transformam-se em pontuações que devem ser claramente representadas, sendo transformadas de símbolos gestuais em símbolos gráficos.<br />Além disto, <strong>ao escrever, não podemos contar com o recurso da presença do interlocutor</strong>, para dar o retorno, também gestual e regulador, do entendimento que está tendo das ideias que pretendemos comunicar.<br /><br />Como se não bastassem estas dificuldades ( que já não são pequenas), temos que discorrer sobre o assunto com coerência quanto ao <strong>conteúdo</strong>, encadeando o assunto com lógica, sem declinar da <strong>forma,</strong> ou rigor gramatical.<br />Para isso é preciso escolher o tipo de estrutura de texto, seguindo as suas regras que servirão para que o leitor entenda a mensagem. </div><p align="justify"><br /> </p><div align="justify">Será uma carta? Um bilhete? Um e-mail? Uma dissertação? Uma notícia?<br />Na escola muitas vezes vale apenas o: é para nota? (só para refletir na falta de significado da tarefa e sua influência na produção do nosso aluno)<br /><br />O objetivo da escrita é que define a estrutura de texto que vamos escolher.<br /><br />Para escrever precisamos ter dois tipos de conhecimento, o conhecimento de mundo (o assunto e os temas envolvidos), e o conhecimento lexical ( da lingua )<br />Precisamos também saber claramente a quem se destina, quem é o leitor, seu grau de escolaridade, seu conhecimento sobre o assunto. </div><div align="justify">Será um texto para leigos ou acadêmicos?<br />Quando o assunto é específico de uma área de estudo, possui uma linguagem técnica. com palavras que resumem conceitos para facilitar a comunicação. Se este mesmo texto é para o público em geral, esses conceitos têm que ser definidos no texto para atingir o mesmo objetivo.<br />Some-se a tudo isto o fato de que temos que organizar o assunto durante a escrita, ou seja, a necessidade de exposição organiza o nosso pensamento que não se encontra pronto de forma clara e didática antes de organizado na forma gráfica.<br />Ao fazermos isso, a primeira organização pode nos parecer clara, no entanto, basta nos afastarmos do texto por um período curto, um ou dois dias, que já perceberemos trechos obscuros, e isto para nós, os autores do texto, imaginem para quem vai lê-lo!<br />Quando escrevo, ao ler dias depois o que escrevi, corrijo sempre e em muitos aspectos. Diria até que para mim um texto nunca esta terminado, como uma pedra bruta que nunca esta lapidada.<br />É por isso que alguns deles eu reescrevo, sempre na esperança de me fazer entender melhor. Também é por isso que alguns se tornam eternos rascunhos, mas é um prazer sentir que uma ideia esta pronta para iniciar este difícil diálogo com você, leitor desconhecido e para quem nos esmeramos tanto para alcançar um encontro com a subjetividade.</div><div align="justify">Como disse Madalena Freire:"Escrever dá muito trabalho porque organiza e articula o pensamento na busca de conhecer o outro, a sí, o mundo. Envolve, exige exercício disciplinado de persistência, resistência, insistência, na busca do texto verdadeiro, aquele que"o homem escreve com o seu próprio sangue""</div><div align="justify"> </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-59118037372793755912009-08-23T06:33:00.000-07:002009-08-23T06:44:44.362-07:00<div align="justify"><strong>O papel do pai é o de mostrar o sonho e a lei.<br /></strong><br />Há muitos e muitos anos atrás, os pais conviviam mais com os filhos do que as mães. As tarefas do campo ou artesanais faziam dos pais o primeiro professor de ofícios. Segundo Robert Biy, conferencista americano, escritor do livro “João de Ferro” sobre o psiquismo masculino, durante a estada no ventre da mãe o filho aprende a afinar-se com a freqüência feminina, mas com o pai essa freqüência é aprendida com o conviver.</div>
<br /><div align="justify"><br /> Com a vinda da era industrial, há 150 anos atrás, a cada geração aumenta o afrouxamento do laço entre pai e filho. O pai trabalha fora de casa e o filho não só não aprende seu oficio como tambem deixa de sintonizar seu corpo numa vibração masculina. Segundo o autor, “ os filhos que não tiveram passado por essa sintonização sentirão fome de pai durante toda a vida”. Este pai do qual estamos falando não é só o progenitor, muitos pais substitutos podem trabalhar com os jovens: tios podem estimular seu crescimento, avós podem lhes contar histórias, velhos podem ensinar rituais e tradições; todos eles pais honorários.</div>
<br /><div align="justify"><br />Em “ João de Ferro” temos um retrato da atual situação da sociedade contemporânea sob a acusação de ter “pais de menos”. Com essa distância e desconhecimento do ofício do pai, como imaginar que ele é um herói? Como saber que o pai é um lutador do bem? Some-se ao imaginário (ou até por ele), os filhos, as mães e a própria mídia mostrarem os pais como objetos de riso como vemos nos comerciais de TV, promovendo uma ridicularização deste papel : torna ainda mais difícil a posição de mentor. </div>
<br /><div align="justify"><br />E como fazer a função paterna retomar seu vigor e importância? Voltando ao passado, quando o filho aprendia, “junto ao pai, ao consertar pontas de flechas ou arados, ou lavar pistões na gasolina, ou cuidar dos partos junto aos animais” ?<br />O que o pai moderno pode contar ao filho sobre o seu trabalho? Serão éticos os princípios que o fazem acordar todo o dia cedo e ausentar-se de casa? Trabalha-se por gosto do ofício? Por dinheiro? A empresa é idônea? Respeita o meio ambiente? È um trabalho digno de orgulho? Esse guerreiro luta pelo quê? Qual é o seu sonho, seu ideal? Continua lutando...desistiu?</div>
<br /><div align="justify"><br />Há muito o que ensinar na era do conhecimento, há de se valorizá-lo como os cavaleiros medievais aos seus tesouros. Há também que se reinventar essa versão de pai contemporâneo. Se os antigos tinham as espadas agora estes têm a lei e a ética. Aos pais cabe ainda e talvez principalmente, cortar a relação simbiótica entre mãe e filho, como apontou Freud, e fazer esse filho crescer como pessoa, fora da superproteção da mãe, mostrando a lei da vida, preocupando-se com o futuro adulto, colocando limites que serão fundamentais ao convívio social de um futuro cidadão.Temos visto muitos pais com fortes intenções de cumprirem seu papel, alguns muito ríspidos e intolerantes outros excessivamente tolerantes com os erros dos filhos, mas ambos com boas intenções. È claro que o segredo esta no meio termo, mas isto é fácil de escrever e difícil de fazer. Nosso conselho é que continuem com seus cuidados, sem esquecerem que é com vocês que eles aprenderão o papel masculino: A menina escolherá seu marido “ideal” e o menino se tornará “O” pai.</div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-86239543442287993792009-05-11T05:58:00.000-07:002009-05-11T06:10:13.005-07:00<div align="justify"><strong>O olhar materno nos conduz à aprendizagem</strong>.<br /> <br />A nossa individualidade é construída através da interação de, um organismo, potencialmente genético, com o meio, gerando a inteligência e as emoções, em uma combinação única. </div><div align="justify"><br />Esse meio, físico e social em que se nasce, nos <strong>é apresentado pelo olhar da mãe</strong> da forma que descreve Sara Paim “<strong>Tudo começa na triangulação do primeiro olhar. No primeiro momento, a mãe busca os olhos da criança e a criança busca seus olhos; aqui há o encontro necessário para que haja aprendizagem, mas logo a mãe olha para outro lado. Seus olhares encontram-se em um objeto comum”. </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Durante os primeiros anos da criança, a mãe, ou <strong>as pessoas que exercem a maternagem, serão responsáveis por dirigir seu olhar,</strong> <strong>e a criança começará a ter interesse pelas coisas que essas pessoas apresentam interesse. </strong></div><div align="justify"><br />Nossa inteligência não é só razão, o objeto que <strong>escolhemos</strong> para “aprender e conhecer” é <strong>selecionado pelo afeto</strong>, por aquilo que aprendemos a valorizar. Conhecemos esse “tipo” de afeto pelo nome de <strong>motivação</strong> e sabemos muito bem como é difícil ter controle sobre.essa força tão poderosa.</div><div align="justify"><br />Isso quer dizer que o nosso destino esta pré-determinado? </div><div align="justify"><br /> Felizmente não, o ser humano é capaz de modificar-se e modificar a cultura a partir da própria individualidade, o que salva a humanidade de um destino determinista e ao mesmo tempo nos torna promotores do desenvolvimento social, podendo então encontrar o olhar dos nossos filhos e recomeçar o ciclo em um novo patamar.... </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-47798959036630376782009-04-28T13:15:00.000-07:002009-04-28T13:20:02.102-07:00<strong>O Construtivismo no cotidiano escolar.</strong><br /><strong></strong><br /><div align="justify">Quando dizemos: o construtivismo no cotidiano escolar estamos nos referindo a <strong>práticas aparentemente simples como “passar” e “cobrar” tarefas para casa, propor atividades em aula, observar o respeito do aluno às regras disciplinares da escola, propor e acompanhar o trabalho em grupo, corrigir o trabalho do aluno, elaborar uma prova, observar a responsabilidade com que o aluno cuida de seu material, e limpeza ao redor e saber que os valores familiares do aluno refletem no desenvolvimento da autonomia e auto-estima. </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Esses verdadeiros “dogmas” da escola que são: <strong>autonomia, aula expositiva, tarefas correção e avaliação, responsabilidade e auto-estima</strong>, são ainda tratados como aprendemos e como nossos avós aprenderam, mas se pensarmos que estamos educando para as competências de um novo século, devemos nos perguntar: </div><div align="justify"><br /><strong>Estamos refletindo sobre essas práticas? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O professor no novo século precisa ser autônomo e responsável para individual e coletivamente refletir e ressignificar essas práticas escolares, velhos paradigmas herdados do passado por gerações. Mas precisamos ter consciência que esses antigos paradigmas orientam a idéia que a sociedade tem destas práticas escolares. </div><div align="justify"><br />O processo de mudança precisa envolver a família e ser um objetivo consciente dela.<br /><strong>Qualquer mudança gera insegurança e desconfiança e esses sentimentos da família diminuem a eficácia do trabalho escolar, portanto as decisões pedagógicas precisam ser claramente fundamentadas, tanto para os professores, quanto para os pais. </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Não com a antiga visão de dona do saber da antiga escola autoritária – própria de uma ideologia da época – mas da escola de um <strong>novo tempo</strong>, com uma ideologia que visa ajudar a desenvolver o cidadão que se preocupa com a sociedade e com o planeta. E é essa ideologia, na família e na escola, norteando ações conjuntas nos cuidados com a tarefa, o material escolar, o uniforme, o estudar, a análise dos relatórios de ocorrências disciplinares, o tratamento do lixo, o respeito às diferenças, a relação com o conhecimento, entre outros aspectos do cotidiano escolar que garantirão a eficácia do trabalho pedagógico. </div><div align="justify"><br />É por isso que nos propusemos a discorrer sobre esses temas, clarificando as ações educativas da escola, coerentes com os objetivos do novo século. Segundo Perrenoud, a ideologia do sócio-construtivismo está ligada a <strong>“uma visão da escola que visa a democratizar o acesso aos saberes, a desenvolver a autonomia dos sujeitos, seu senso crítico, suas competências de atores sociais, sua capacidade de construir e defender um determinado ponto de vista” (As competências para ensinar no século XXI. 2003).<br /></strong> </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-73748572105591594322009-04-21T07:49:00.000-07:002009-04-21T07:55:54.948-07:00<div align="justify"><strong>O MITO DO HERÓI</strong> </div><div align="justify"><br />No mês de abril, dia 21, homenageamos Tiradentes, único herói brasileiro que tem um feriado nacional em seu nome. </div><div align="justify"><br />Quando falamos de heróis em Psicologia, falamos de uma herança psicológica, estrutura que Jung denominou inconsciente coletivo e da qual faz parte o arquétipo do herói. Trata-se de um mito em que ocorre sempre uma jornada, um embate de vida ou morte, trazendo algo novo, como prêmio. </div><div align="justify"><br />Nesse sentido Tiradentes cumpre esse papel, considerando todo o significado do “prêmio” que ele buscou. </div><div align="justify"><br />Tiradentes é, na história do Brasil, um herói que lutou pela liberdade.<br />Embora haja divergências históricas, ele representa o despertar brasileiro para os ideais iluministas . </div><div align="justify"><br />Enquanto a França declarava os Direitos Humanos e os Estados Unidos proclamava sua independência, os intelectuais brasileiros também queriam liberdade, conhecimento, igualdade.<br />Queriam a independência do Brasil e a criação da República, influenciados pelo pensamento filosófico da Europa e pela recente Revolução Francesa, que em 1789, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mostrava claramente a influência da Revolução Americana, defendendo o direito de todos à liberdade e a igualdade.</div><div align="justify"><br />Esse marco representa um dos mais significativos na evolução da humanidade. O momento em que a pessoa humana passava a a ter importância por si só e não pelas posses ou hereditariedade. Foi uma mudança de paradigma nunca imaginada pelos governantes no início daquele século. </div><div align="justify"><br />Quase duzentos anos se passaram até que fosse possível os países se juntarem, constituirem a ONU e então declararem Os Direitos Humanos Universais sobre os mesmos princípios . </div><div align="justify"><br />É, podemos constatar que os progressos sociais humanos são lentos.Mais lentos do que os progressos tecnológicos. </div><div align="justify"><br />O desenvolvimento psico-social não correspondeu ao progresso científico porque trata-se de uma mudança biológica adaptativa da espécie, envolvendo aspectos psicológicos estruturais presentes no homem ha milênios, do qual inclusive faz parte o mito do herói. </div><div align="justify"><br />Nesse sentido Tiradentes cumpre seu papel e considerando todo o significado do “prêmio” que ele buscou. Sugiro que os historiadores deixem para as crianças aquilo que é simbólico, ficando os embates teóricos para os acadêmicos, que já não necessitam de heróis. </div><div align="justify"><br />Se é que isso é possível...<br /><br /> </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8942817544371272380.post-16914270972721499472009-04-21T05:55:00.000-07:002009-04-21T06:00:54.324-07:00<div align="justify"> <strong>Adolescência: período difícil para pais, filhos e escola<br /><br /></strong>Até há pouco tempo, o estudo da adolescência centrava-se somente sobre o adolescente e suas pressões internas psicológicas, cognitivas e hormonais. Mas, segundo Arminda Aberastury, psicanalista argentina que escreveu várias obras sobre o assunto, esse enfoque será sempre incompleto se não se levar em conta a outra face do problema : <strong>a ambivalência e a resistência dos pais e da sociedade em aceitar o processo de crescimento . </strong></div><div align="justify"><br />Assim sobre pressões externas e internas, sofre um adolescente que mostra-se subitamente provocador e onipotente, como forma de negar a sua dor . Às vezes flutua entre querer ser adulto de imediato ou não querer crescer nunca. Essas flutuações, para os pais, às vezes são conflitivas, o que os fazem empurrar ou deter, reprimindo com brutalidade, os progressos. Isso se dramatiza na vida diária do adolescente, que, por um lado, deve submeter-se a uma disciplina, escolar ou doméstica, e, por outro, necessita de liberdade para participar ativamente na vida dos adultos. </div><div align="justify"><br />Muitas vezes sua hostilidade aos pais e ao mundo em geral é gerada na idéia de não ser compreendido e no seu desprezo da realidade. É um lento desenvolvimento onde se alterna a confirmação e a negação de seus princípios e onde se debate entre sua necessidade de independência e sua carência afetiva de dependência. Sofre crises de extrema fragilidade às criticas, exige e necessita vigilância como forma de dependência, interpretando a falta de limites imposta pelos pais como abandono. Ao mesmo tempo seu humor passa sem transição do desprezo do contato com os pais à necessidade de apoio e dependência. </div><div align="justify"><br />Para os pais, o crescimento do filho traz a difícil realidade do envelhecimento e da morte, devendo abandonar a imagem de si mesmo que o filho criou e na qual se instalou. Já não servirá como líder ou ídolo e deverá aceitar uma relação cheia de ambivalências e de críticas. Os progressos do filho obrigam a avaliar seus progressos e fracassos. Este balanço tem por testemunha, questionadora e implacável, o próprio filho.</div><div align="justify"><br /> Quando as modificações corporais definem o papel procriador do jovem, inicia-se o verdadeiro drama edípico. Essas modificações corporais, são aceitas com muito transtorno e, às vezes, é uma elaboração que se faz ao longo da vida. Todo esse processo leva o adolescente a adquirir uma identidade adulta que se traduz como uma ideologia com a qual enfrenta o mundo circundante. </div><div align="justify"><br />O início da adolescência, entre 10 ou 12 anos, muitas vezes é marcado por diferenças de comportamento que, para os pais, são muito assustadoras. Na escola, o aluno que até então apresentou um comportamento e um rendimento impecáveis, começa a apresentar uma queda no rendimento e algumas transgressões às regras até então literalmente impensadas. Isto se deve não só ao seu processo de desenvolvimento afetivo, que tentamos descrever até agora, mas ao seu desenvolvimento intelectual que, segundo Piaget, passa a possibilitar ver o mundo com outra estrutura de pensamento muito mais potente. </div><div align="justify"><br />O pequeno mundo infantil torna-se um mundo de possibilidades infinitas para alguém que, em virtude dessa nova potência de raciocínio, encontra-se em pleno estágio de onipotência. É nessa fase do: “isso nunca vai acontecer comigo”, que ele corre mais riscos com a liberdade excessiva. A busca desesperada de identidade o faz necessitar de um grupo de “iguais”. Seu referencial de si mesmo passa a ser o do grupo. Vestir-se igual ao grupo, falar as gírias em moda no grupo, seguir o grupo. </div><div align="justify"><br />Um mundo interno conturbado distrai esse jovem do exclusivo papel de aluno exercido até então na escola. Os mestres até então adorados passam a ser questionados nas suas falhas humanas, agora vistas com crueza. </div><div align="justify"><br />As ocorrências disciplinares, antes quase inexistentes, aparecem com mais freqüência, algumas vezes por simples oposição, outras por impossibilidade diante do reflexo de sua desorganização interna. </div><div align="justify"><br />Os pais chegam a pensar em Escola Militar como saída diante da própria impotência como educadores e como uma forma de negar esse período do crescimento do filho. Mas essa possível eficácia é enganosa pois, segundo Aberastury a violência dos estudantes não é mais que a resposta à violência da ordem familiar e social. </div><div align="justify"><br />Vigiar sim, negar impossível. A técnica educativa necessária nessa fase é o diálogo que respeita o ser humano inteligente e pensante, que às vezes se atrapalha nos questionamentos agressivos, provocações nas quais o adulto não deve misturar suas dificuldades pessoais. </div><div align="justify"><br />O dialogo dos pais com o jovem não deve iniciar-se nesse período, idealmente deve ser algo que venha acontecendo desde o nascimento. Se não é assim o adolescente terá muita dificuldade em se aproximar do adulto. </div><div align="justify"><br />Quando o clima de diálogo familiar existe, é menos provável que se submeta a falsos líderes ou guias autoritários, numa substituição aos pais aos quais está querendo separar-se.<br /> <br /><br /> </div>Maria Helena Bitelli Baeza Sezarettohttp://www.blogger.com/profile/10093573695318534631noreply@blogger.com0