segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Professores e alunos, uma relação de confiança.



       Neste mês de Outubro temos duas datas muito importantes para comemorar: dia da criança e dia do professor, dias 12 e 15, respectivamente. Este é o momento oportuno para falar sobre esta delicada relação que une os dois: a aprendizagem.
      É a aprendizagem que diferencia o ser humano de outros animais. O homem não herda modalidades de ação ou instintos, o homem herda a capacidade de aprender e constrói-se a partir da “imitação”, moldando-se ao grupo com o qual convive.
      É para sobrevivência desse grupo que a função da educação é preservar e manter a igualdade nos indivíduos. Por outro lado, é graças a inteligência que o indivíduo pode imprimir a sua individualidade contribuindo para mudanças e progressos.
      E como se dá a mágica da aprendizagem?
      Segundo a Doutora em Filosofia e Psicologia Sara Paim, iniciamos o nosso interesse pelo saber por causa do amor. Quando, em um primeiro momento, a mãe transfere seu olhar da criança para um objeto de interesse, gera na criança um impulso afetivo para esse objeto de conhecimento.
      É dessa relação que surgem as motivações. Com certeza isto explica famílias inteiras de médicos, professores ou a herança de outras atividades familiares. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que não aprendemos de qualquer um, mas sim de quem confiamos.
      O aluno, inicialmente, confunde o afeto que sente pela matéria com o que sente pelo professor. O papel do professor é formar com o aluno um vínculo de confiança para, como fez a mãe, conseguir transferir esse olhar de afeto e admiração para o conhecimento acadêmico.
      O professor deve estar atento para esta relação, se quiser ser bem sucedido em sua tarefa, embora seja impossível que ele controle as muitas repercussões inconscientes de sua presença e de seus ensinamentos.

      Parabéns a professores e alunos!
      Aprender e ensinar, são duas faces da mesma moeda. Ambas envolvem muito esforço, humildade, perseverança e muita, muita emoção.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012


O papel do pai é o de mostrar o sonho e a lei.

Há muitos e muitos anos atrás, os pais conviviam mais com os filhos do que as mães. As tarefas do campo ou artesanais faziam dos pais o primeiro professor de ofícios. Segundo Robert Biy, conferencista americano, escritor do livro “João de Ferro” sobre o psiquismo masculino, durante a estada no ventre da mãe o filho aprende a afinar-se com a freqüência feminina, mas com o pai essa freqüência é aprendida com o conviver.
 Com a vinda da era industrial, há 150 anos atrás, a cada geração aumenta o afrouxamento do laço entre pai e filho. O pai trabalha fora de casa e o filho não só não aprende seu oficio como tambem deixa de sintonizar seu corpo numa vibração masculina. Segundo o autor, os filhos que não tiveram passado por essa sintonização sentirão fome de pai durante toda a vida”. Este pai do qual estamos falando não é só o progenitor, muitos pais substitutos podem trabalhar com os jovens: tios podem estimular seu crescimento, avós podem  lhes contar histórias, velhos podem ensinar rituais e tradições; todos eles pais honorários.
Em “ João de Ferro” temos um retrato da atual situação da sociedade contemporânea sob a acusação de ter “pais de menos”. Com essa distância e desconhecimento do ofício do pai, como imaginar que ele é um herói? Como saber que o pai é um lutador do bem? Some-se ao imaginário (ou até por ele), os filhos, as mães e a própria mídia mostrarem os pais como objetos de riso  como vemos nos comerciais de TV, promovendo uma ridicularização deste papel : torna ainda mais difícil a posição de mentor.
E como fazer a função paterna retomar seu vigor e importância? Voltando ao passado, quando o filho aprendia, “junto ao pai, ao consertar pontas de flechas ou arados, ou lavar pistões na gasolina, ou cuidar dos partos junto aos animais” ?
O que o pai moderno pode contar ao filho sobre  o seu trabalho? Serão éticos os princípios que o fazem acordar todo o dia cedo e ausentar-se de casa? Trabalha-se por gosto do ofício? Por dinheiro? A empresa é idônea? Respeita o meio ambiente? È um trabalho digno de orgulho? Esse guerreiro luta pelo quê? Qual é o seu sonho, seu ideal? Continua lutando...desistiu?
Há muito o que ensinar na era do conhecimento, há de se valorizá-lo como os cavaleiros medievais aos seus tesouros. Há também que se reinventar essa versão de pai contemporâneo. Se os antigos tinham as espadas agora estes têm a lei e a ética. Aos pais cabe ainda e talvez principalmente, cortar a relação simbiótica entre mãe e filho, como apontou Freud, e fazer esse filho crescer como pessoa, fora da superproteção da mãe, mostrando a lei da vida, preocupando-se com o futuro adulto, colocando limites que serão fundamentais ao convívio social de um futuro cidadão.Temos visto muitos pais com fortes intenções de cumprirem seu papel, alguns muito ríspidos e intolerantes outros excessivamente tolerantes com os erros dos filhos, mas ambos com boas intenções. È claro que o segredo esta no meio termo, mas isto é fácil de escrever e difícil de fazer. Nosso conselho é que continuem com seus cuidados, sem esquecerem que é com vocês que eles aprenderão o papel masculino: A menina escolherá seu marido “ideal” e o menino se tornará “O” pai.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Que pais e mães eduquem de forma diferente !


Que pais e mães eduquem de forma diferente !

. Os pais não precisam educar os filhos da mesma forma que as mães. O aconselhável é que sejam diferentes !
Feita essa afirmação assim, sem preparo prévio , ela sempre causará descrédito e até uma certa indignação, mas pensem comigo:
 Mãe é amor incondicional, a mãe ama no presente. O pai ama se a lei for cumprida, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar são necessárias mas levam a ações diferentes..
Explicando um pouquinho mais, para uma mãe, nada do que o filho possa fazer  de mau faz com que ela deixe de amá-lo. Para ela, a proximidade com o filho é tanta, (pudera, conviveram o mesmo corpo durante 9 meses), que há uma certa dificuldade em perceber onde começa um e termina o outro. Em alguns casos diz-se que se consegue “enxergar”  um cordão umbilical entre mãe e filho. Isso faz muito bem para a segurança e auto-estima da criança, mas não a faz crescer. Se ninguém intervir, o filho será para sempre o “nenê da mamãe”.
Já o pai, inicialmente não tem essa ligação tão estreita. Na verdade ele é apresentado ao filho através da mãe. O seu instinto de cuidar é despertado primeiro para com a mulher amada e, é ela quem lhe diz que vai ser pai. Sua preocupação com a continuidade o faz cuidar do presente e se preocupar com o futuro. Sua cobrança é  social. Como será o futuro desse filho?
Esta perspectiva julgará  todos os atos do filho e determinará a relação entre eles..
 Algumas mães não querem abdicar nunca desse papel de intermediária e não permitem que o pai eduque, a menos que seja como ela quer e acha que deve ser.
Mas é impossível que duas pessoas diferentes ajam igualmente, o que vai enriquecer as experiências da criança que, no futuro terá que se relacionar com muitas diferenças individuais. Essa barreira que algumas mães fazem por não querer conflitos em casa, transforma-se em perda na qualidade da educação. No fundo elas estão subestimando a capacidade de pais e filhos, além de dispensar uma ajuda que fará falta na formação de uma  personalidade  mais adequada socialmente.
O pai tem o papel de representar a lei na casa. Seu papel de educador tem que ser o “ estraga prazeres” colocando limites. É claro que esse também é o papel da mãe, só que ela terá dificuldades pessoais nessa tarefa. Não estamos falando de mandar escovar o dente ou tomar banho, estamos falando de exigir que o filho seja bom aluno, comporte-se de forma civilizada e saiba os limites do seu espaço dentro de casa.
Quanto ao grande número de famílias cujos pais não reconheceram a paternidade dos filhos, o papel paterno pode ser exercido por alguém do sexo masculino próximo à família. O engajamento comprometido de um padrasto, avô ou tio será de grande valia.
E quanto ao mito do casal coerente e que educa igual, pensem que apenas alguns valores universais como honestidade, respeito, lealdade e respeito pelas diferenças é que deverão ser comuns.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

10 Regras para Educar com Limites


REGRAS PARA EDUCAR COM LIMITES


            Que nossos filhos precisam ser educados com limites é voz comum, mas o que exatamente significa isso?
            Antes de mais nada, vamos definir o que se entende por limite.Para este fim e neste texto vamos usar uma definição consensual:
Limite é o ponto onde termina o nosso direito e começa o do outro.
Sendo esta definição tão simples e óbvia, por que é tão difícil transformar teoria em prática?

Isto se deve ao fato do nosso comportamento ser o resultado de algumas convicções intimas ou crenças que, mesmo inconscientemente norteiam nossas ações como pessoas e pais.

Para descobrir por que é tão difícil seguir algumas regras básicas para educar com limites temos que aprofundar nosso auto-conhecimento, buscando dentro de nós a causa da dificuldade. Algumas crenças pessoais facilitam uma educação social mais adequada, mas este seria o motivo para outro texto.
Ainda assim, será válido repensar as regras básicas a seguir, como ponto de partida para uma reflexão pessoal:

Regra nº 1 – Que haja muito diálogo desde tenra idade, cheio de causas, conseqüências e porquês.Isso treinará nosso filho a raciocinar de forma lógica para depois entender a reciprocidade que exige o respeito aos outros;

Regra nº 2 – Que só se "cobre" o que a idade permite, lembrando sempre que no início, por mais que você explique o porquê do “não”, e ele não entenda, mesmo assim, deverá OBEDECER (de preferência, por bem);.

Regra nº 3 – Que não se prometa uma sanção (“castigo”) que não se possa cumprir.Ex.: “Se você repetir de ano não haverá viagem de férias”. “Se você não se comportar, nunca mais vai sair comigo”;

            Regra nº 4 – Que o “castigo”, se houver, tenha ligação lógica com a infração ou falta cometida:
  • não se comportar no jantar com visitas acarretará seu afastamento desta refeição coletiva;
  • quebrar ou perder algo de valor de alguém exigirá uma tentativa de reparação ou conserto;
  • os mais velhos só poderão esperar a satisfação de seus direitos de lazer após cumprir com seus deveres ( que deverão ser combinados previamente entre as partes).
Regra nº 5 –Que as regras familiares sejam claras e respeitadas, independente de nossos humores;

Regra nº 6 –  Que pai e mãe não sejam "iguaizinhos" na forma de educar os filhos.O aconselhável é que sejam diferentes! Mãe é amor incondicional, a mãe ama no presente, o pai ama se a lei for cumprida, sua preocupação é o futuro do filho. As duas formas de amar são necessárias.

Regra nº7- Que, alguns valores universais como honestidade, respeito, lealdade e tolerância com as diferenças sejam comuns na família, neste sentido a máxima ideal é “colocar-se no lugar do outro”;

Regra nº8 – Que, como exemplo, a criança presencie em seu cotidiano  a concretização de bons acordos entre os familiares, para aprender como estabelecer as fronteiras pessoais e construir  relacionamentos baseados no respeito e consideração recíprocos;

Regra nº 9 – Que os educadores acreditem que o comportamento moral e ético nasce do respeito às regras sociais e que só a democracia nos trará a justiça social. Que se interessem e respeitem os princípios éticos dos direitos humanos na sua convivência diária, para que nossos filhos façam parte de uma geração que promova a paz entre os homens.

Regra nº 10 – Que se aceite profundamente a verdade que: “não criamos os filhos para nós, mas para o mundo”.

Temos certeza das dificuldades decorrentes de seguir estes princípios, mas a experiência de muitos anos de teoria e prática nos garante que a simples busca por segui-los já  contribuirá para uma sociedade melhor e, consequentemente, que nossos filhos serão mais felizes. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012


Meus agradecimentos à  homenagem da Associação do Comércio e Indústria de São José dos Campos em matéria do mês de Abril de 2012.

A Emak agradece à Câmara Municipal de São José dos Campos pela outorga da medalha Cassiano Ricardo.