Dia 8 de março chegou e com ele, uma pausa nos textos sobre psicopedagogia e a reflexão sobre o dia internacional da mulher. Para muitas pessoas em uma análise superficial, a data é inútil, servindo só para maior discriminação da mulher. Mas essa idéia não sobrevive a uma análise mais profunda. Se levarmos em conta as exigências a que as mulheres “modernas” se submetem, veremos que muitas vivem quase um autoflagelo. Incentivadas pela mídia e pela cultura paternalista e tradicional, as mulheres modernas tem que dar conta da beleza, da “eterna” juventude, da carreira, dos filhos, da casa e da participação política. Continuam a ganhar menos que os homens, estudam mais, se exercitam mais, se embelezam mais e, como se tudo isso não bastasse, limpam, fazem compras e cozinham mais. O resultado é uma ansiedade infinda por ter abraçado uma missão impossível.
O dia internacional da mulher é importante sim, importante para que cada uma de nós faça uma\ reflexão sobre essa necessidade de atender a essas múltiplas tarefas.
Quem?(Se não nós mesmas) nos obriga a essa maratona? Porque não nos propomos dividir mais? Será para não perder o poder doméstico? Será para poupar filhos e maridos? E fora do lar, porque não exigimos salários iguais e creches e escolas em período integral?
Quem nos colocou na posição de cidadãs de segunda classe? Quando discuto com meus alunos sobre auto-estima costumo pedir que interpretem a afirmação: “Ninguém poderá fazer você se sentir inferior, a menos que você esteja de acordo” Será que temos um problema de baixa auto-estima? Se isso for real, quanto ele é cultural e quanto será pessoal?
Nas buscas históricas sobre a imagem da mulher, percebe-se que a mulher já esteve na posição de deusa, presumia-se que a maternidade fosse um ato divino. Depois, quando o homem percebeu sua responsabilidade pela gravidez, a mulher passou a ter que ser “possuída e trancafiada” para garantir a paternidade a esse homem. Durante a maior parte da história a mulher foi excluída da vida pública e considerada um homem incompleto. Com o romantismo surgiu a mulher enaltecida. “O romantismo foi, efetivamente, o movimento que deu projeção à mulher, tornando-a mais respeitada e com alguma importância social”, afirma Cristina Costa em A Imagem da Mulher. O movimento romântico fez parte de um movimento do clero no século 16 para amenizar o intenso clima de guerra que dominava a Europa.
No século 18, com a preocupação sobre os direitos do indivíduo, a educação foi valorizada e trouxe poder a maternidade novamente. A mulher voltou a ser líder na família e o homem líder nas situações sociais. E assim chegamos até os dias de hoje.
Esse é o legado cultural que nos restou. Mas agora, que sabemos existir um paradigma patriarcal inconsciente, o que podemos fazer? Como psicóloga aconselho a conhecê-lo e aceitá-lo como real. Ai então poderemos refletir sobre ele no contexto atual .
Viram como o tema é complexo? Se não fosse o dia internacional da mulher, provavelmente a sobrecarga das nossas atividades cotidianas não daria tempo para esta reflexão. O outro conselho que ouso dar é para que nos amemos mais com nossos limites, fragilidades e por que não dizer, nossas maravilhosas diferenças .
O dia internacional da mulher é importante sim, importante para que cada uma de nós faça uma\ reflexão sobre essa necessidade de atender a essas múltiplas tarefas.
Quem?(Se não nós mesmas) nos obriga a essa maratona? Porque não nos propomos dividir mais? Será para não perder o poder doméstico? Será para poupar filhos e maridos? E fora do lar, porque não exigimos salários iguais e creches e escolas em período integral?
Quem nos colocou na posição de cidadãs de segunda classe? Quando discuto com meus alunos sobre auto-estima costumo pedir que interpretem a afirmação: “Ninguém poderá fazer você se sentir inferior, a menos que você esteja de acordo” Será que temos um problema de baixa auto-estima? Se isso for real, quanto ele é cultural e quanto será pessoal?
Nas buscas históricas sobre a imagem da mulher, percebe-se que a mulher já esteve na posição de deusa, presumia-se que a maternidade fosse um ato divino. Depois, quando o homem percebeu sua responsabilidade pela gravidez, a mulher passou a ter que ser “possuída e trancafiada” para garantir a paternidade a esse homem. Durante a maior parte da história a mulher foi excluída da vida pública e considerada um homem incompleto. Com o romantismo surgiu a mulher enaltecida. “O romantismo foi, efetivamente, o movimento que deu projeção à mulher, tornando-a mais respeitada e com alguma importância social”, afirma Cristina Costa em A Imagem da Mulher. O movimento romântico fez parte de um movimento do clero no século 16 para amenizar o intenso clima de guerra que dominava a Europa.
No século 18, com a preocupação sobre os direitos do indivíduo, a educação foi valorizada e trouxe poder a maternidade novamente. A mulher voltou a ser líder na família e o homem líder nas situações sociais. E assim chegamos até os dias de hoje.
Esse é o legado cultural que nos restou. Mas agora, que sabemos existir um paradigma patriarcal inconsciente, o que podemos fazer? Como psicóloga aconselho a conhecê-lo e aceitá-lo como real. Ai então poderemos refletir sobre ele no contexto atual .
Viram como o tema é complexo? Se não fosse o dia internacional da mulher, provavelmente a sobrecarga das nossas atividades cotidianas não daria tempo para esta reflexão. O outro conselho que ouso dar é para que nos amemos mais com nossos limites, fragilidades e por que não dizer, nossas maravilhosas diferenças .
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